Capítulo 12 - Porque fugiu?

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Nunca foi de fugir de um problema, sempre enfrentou tudo com muito orgulho e determinação, mas quando se deu conta que estava tão entregue a Magnus durante o beijo, assustou-se com a extensão dos seus sentimentos. Por isso, quando o DJ anunciou que Ragnor estava chamando Magnus, caiu a sua ficha, ele estava beijando alguém que não era seu, que nunca seria. Afastou-se o mais rápido que podia, só queria ir embora dali.

Pediu um transporte de aplicativo e foi para casa, ficou aliviado ao entrar no apartamento e ver um bilhete de Izzy dizendo que não dormiria em casa. Sabia que estava muito elétrico, então se pôs a arrumar a casa, mesmo que não precisava, queria a todo custo ocupar sua mente, contudo não deu muito certo, bastou parar em frente ao espelho e ver a enorme marca que estava em seu pescoço, suspirou, após o banho quente o qual deveria ter relaxado seus músculos, contudo a sua mente ainda estava no corpo esguio e sensual que dançava tão colado ao seu, horas atrás.



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— Seu idiota, posso saber porque fez isso Ragnor? — Magnus perguntou e parecia muito irritado.

— O quê? É nossa música e Cat chegou... — deu de ombros. — Vamos dançar como nos velhos tempos.

— Seu idiota, sentimental. — reclamou.

Mesmo assim foi para a pista de dança abraçando Catarina que havia acabado de chegar, saíra do plantão e foi direto para boate encontrar os amigos. O DJ tocou um mix de Thriller, o clássico de Michael Jackson. Logo todos seguiram os passos dos três que dominavam a pista de dança. Quando terminaram de dançar, foram sentar na mesa junto com Raj e Lydia, Andrew havia ido embora acompanhado de um homem misterioso. Passaram alguns minutos, depois Raj se ofereceu para levar Lydia para casa, a mesma informou que seu namorado, John, iria buscá-la.

— Ok... pode falar, qual a razão do seu mau-humor? — perguntou Cat.

— Eu não estou... Argh! — levantou as mãos irritado.

Lydia pediu para Magnus ir com ela pegar seu blazer no estacionamento, quando o indonésio abriu o carro viu o terno de Alec, entregou o blazer da loira que agradeceu e seguiu para o outro lado do estacionamento encontrando com um rapaz alto, com cabelo pretos lisos e origem indígena.

Ao voltar para o bar, seus amigos riam de alguma coisa. — Pode falar agora! — Ragnor pediu oferecendo um drink para o amigo.

— Eu beijei o Alexander! — Disse e tomou a bebida.

— Uou! Como assim? E o lance do jovem e namorado loiro e blá, blá, blá. — comentou Cat.

— Ele estava aqui, sozinho, eu... eu... vim chamá-lo para dançar. E ele não sabia dançar, eu me ofereci para ensinar. — fez um sinal com as mãos.

— Magnus... — Cat começou.

— Eu sei Kitkat, mas... Eu o quero. Quero muito.

— Isso não é apenas desejo? — Ragnor perguntou.

— Bem. — o advogado olhou para cima e suspirou. — No começo eu pensei que fosse, só que o jeito que ele me olha, que ele me toca, é como se eu fosse algum cristal e ele tivesse medo de quebrar. — tomou sua bebida de uma vez.

— Meu amigo, isso é perigoso. Esse é o tipo de sentimento que pode te destruir... — Comentou Catarina.

— Eu sei... acredite, eu sei e também não estou pronto para enfrentar isso.

Diferenças (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora