Capítulo 34 - Delírios e conversa.

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Após desligar a ligação com Ragnor, parecia que sua cabeça iria explodir, sentia muita dor, tentou deitar um pouco, contudo só conseguia pensar nas palavras de Alec e como seu anjo pareceu magoado, fora pego de surpresa não esperava essa atitude, mas Alexander sempre o surpreendia. Tomou um banho frio e antes de ir para cama, mandou mensagem para Catarina, pedindo que ela viesse a cobertura e trouxesse algumas medicações, sabia que iria ouvir uns "puxões de orelha" da amiga, depois deitou na esperança de acordar melhor.



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- Não vai embora anjo. - murmurava dormindo, estava num sono inquieto e agoniado, sentia calafrios.

Alec escutou o pedido ao entrar no quarto, vendo Magnus deitado e encolhido na cama. Aproximou-se dele, tocou sua testa, estava quente demais, então pegou o termômetro e colocou na axila do advogado. - Volta... - escutou mais uma vez o sussurro do namorado, separou a medicação, foi na cozinha, buscou uma jarra de água, depois voltou ao quarto, verificou o termômetro, registrava 42,5 °C de febre. Virou o namorado na cama deixando ele deitado com as costas no colchão, abriu a embalagem do antitérmico, colocou na boca no indonésio, depois elevou um pouco a cabeça dele e o fez beber água o suficiente para engolir a medicação.

- Eu... anjo. - Alec ouvia e ficava cada vez mais preocupado, a febre estava tão alta que causava delírios, foi ao closet, trouxe um cobertor e cobriu o namorado, após, ligou para Catatina.

- Oi! Catarina... Sim, eu já estou aqui... Ele está com muita febre, você não acha melhor levá-lo ao hospital? - escutou as orientações da enfermeira. - Tudo bem. Sim, eu aviso... Não precisa agradecer.

A amiga já conhecia essa reação do Bane e sabia que era de cunho emocional, em outros casos, teria aconselhado a trazer ao hospital com urgência, pois é raro alguém atingir níveis altos de febre e não ser algo grave, também o tempo frio ajudava o seu corpo a não entrar em colapso, e tinha certeza que a presença de Alec, o faria melhorar mais rápido do que qualquer outro tratamento.

Alec suspirou olhando para o namorado, Magnus parecia tão fraco, inquieto, não parava de falar e chamar por ele, parecia sonhar com alguma coisa. Foi buscar uma bacia e um pano para fazer uma compressa fria, seguindo as orientações da amiga do namorado, Catarina, achou melhor tentar baixar a febre em casa primeiro, Alec queria levá-lo a um hospital, tinha medo do namorado ter uma convulsão. Pegou água da torneira, estava gelada devido ao clima frio de final de ano, acrescentou uma essência de áloe vera, iria ajudar a baixar a temperatura corporal mais rápido. Com a bacia em mãos, sentou ao lado do indonésio e começou a passar o pano úmido no braço direito. - Você me deixou, Alexander. - Ouviu a voz dolorida do namorado, pensou que ele tinha acordado, porém, continuava dormindo.

- Eu estou aqui, Magnus. - disse alisando o rosto dele com a outra mão. - Vou cuidar de você. - Continuou passando o pano pelo pescoço, nas axilas, tórax, nas pernas, visto que o indonésio estava apenas de boxer. Ao terminar, voltou a cobri-lo com um edredom. Decidiu preparar um caldo quente, imaginou que Magnus não havia se alimentado e também iria ajudar a baixar a temperatura corporal. Enquanto descia para cozinha e retirava os ingredientes, não conseguia parar de pensar no namorado chamando por ele, sua voz em sussurros a forma como ele segurava o colar - seu presente para o advogado - sentiu-se triste, não queria ter brigado, só que as coisas fugiram do controle e quando viu, já estava indo embora do apartamento. Olhou o relógio, marcava 02h da madrugada, então começou a preparar o alimento, triturando tudo para facilitar na ingestão, deixou cozinhando e foi verificar se a febre de Magnus tinha baixado.

Ao chegar no quarto, Magnus estava falando alguma coisa em indonésio, aproximou-se dele e colocou novamente o termômetro, alisava seu rosto sua expressão era de quem estava tendo um sonho ruim, estava suado, continuava inquieto. Ouviu o alerta do aparelho e quando verificou, a febre ainda persistia, mas tinha diminuído um pouco, estava com 41,5 °C. Foi à cozinha, retirou o caldo do fogão, e depois voltou ao quarto. - Magnus, vou precisar te dar um banho. - falou tirando-o de debaixo das cobertas, pegou no colo e levou-o para o banheiro.

Diferenças (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora