Chamando minha atenção como eu nunca imaginei, eu tento entender, mas eu sabia desde o início.
- Christian French
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🚨Este capítulo pode desencadear gatilhos, peço por favor que pense bem antes de iniciar a leitura, por mais que não seja tão explícita a crise de ansiedade.
A música está alta para caramba e a sala chique da Evangeline se tornou o próprio motel. Tem pessoas dançando, fumando, bebendo, se esfregando, beijando, vomitando, enfim. Pessoas de todos os tipos imagináveis.
Vejo Zayn jogando beer pong e me aproximo, dizendo que quero jogar também, recebendo gritos eufóricos.
Depois da longa conversa que tivemos no terraço do Red, ele está estranho. Parece menos babaca, o que é muito bizarro, porque ele é o cara mais babaca que eu conheço por aqui. Por isso somos amigos.
Zayn dispensa um cara do time de Hóquei, que era a dupla dele, para eu entrar em seu lugar, formando a famosa dupla dinâmica, não perdendo uma.
Continuamos o jogo, até fazermos a dupla adversária beber os últimos goles de cerveja dos copos vermelhos. Zayn e eu comemoramos com um abraço desengonçado e uns tapinhas nas costas, cambaleando depois.
Somos desafiados para outra rodada, aceitando sem pensar duas vezes. Por isso sempre nos demos tão bem. Raramente fugimos de desafios.
Acerto a bolinha no copo várias vezes seguidas, mas a minha visão desfoca por alguns segundos quando eu a vejo. Ela está muito sexy com esse vestido justo, branco com listras pretas, assim como o all star prateado está realçando a sua pele. Vejo-a abrir um sorriso para a amiga e depois o seu olhar cruza com o meu. Caramba.
— Bebe! bebe! bebe! — uma multidão começa a gritar e eu vejo que errei a pontaria.
Viro o copo de uma vez só, sentindo a cabeça rodar. O pessoal comemora e Zayn ri, dando tapinhas nas minhas costas e debochando do meu estado.
— Acho que já bebi muito por uma noite — murmuro e Zayn concorda.
Os olhares de todos focam no topo da escada, onde está a anfitriã da festa e eu me viro para olhá-la também.
Evangeline desce as escadas, com o seu vestido vermelho sangue, escandalosamente justo. Seus lábios estão pintados de vermelho, assim como as unhas e o seu salto preto reverbera no momento em que a música diminui um pouco. Ela está poderosa, isso é fato. O seu sorriso exala poder e ela nunca perde a pose.
Parando na metade da escada, ela encara a todos, como se fossem inferiores a ela.
— Sejam bem-vindos à melhor festa do ano — ela começa, descendo mais alguns degraus, até chegar nesse andar e pegar uma cerveja da mão de alguém. — Espero que se divirtam.
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Uma Garota Discriminada [COMPLETO]
Mystery / ThrillerBailes costumam ser sinônimo de glamour, alegria e bebedeira. Porém, quando tudo isso sai do controle, o evento pode virar um banho de sangue em uma cena de crime. No período da adolescência pessoas podem ser o que outras não esperam. Mocinhos talve...