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Pássaro negro cantando na calada da noite, pegue essas asas quebradas e aprenda a voar.

- The Beatles.

— O quê? — Tom pergunta, sentando-se ao meu lado na biblioteca

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— O quê? — Tom pergunta, sentando-se ao meu lado na biblioteca.

— Sim, eu sei.

— Eu não sei o que é pior, Ana. Você ter dormido com ele ou ter ido em uma biblioteca temática do reizinho Sherlock e não ter me chamado — ele reclama.

— Acho que os dois são ruins, mas a segunda foi o cúmulo — admito, oferecendo-lhe meu melhor sorriso.

O recesso infelizmente acabou, obrigando-nos a voltar para o inferno colegial, assim como com nossas investigações mirabolantes. Esperei voltarmos para a escola para contar aos meus amigos que eu e Jacob ultrapassamos uma barreira, que com certeza não deveria ter sido ultrapassada, já que estávamos retomando os laços aos poucos.

Não faço ideia de como ficará o clima entre nós, até porque estou o evitando. Primeiro preciso me preparar para o que falarei quando finalmente nos revermos e isso será daqui a alguns minutos, já que houve uma mudança nos horários das aulas.

Tom e eu estamos desfrutando dos poucos minutos que temos antes das aulas começarem, já que chegamos cedo demais para colocarmos o papo em dia. Os últimos dias foram bem agitados, o que impediu todos do nosso novo grupinho de se verem. Agora não sei como as coisas funcionarão.

— Você acha que as coisas voltarão a ser como eram antes?

— Como assim?

— Bom, da última vez que conversamos sobre o plano de investigar quem está por trás das mortes, decidimos que manteríamos nossos círculos de amigos como antes, mas desta vez não verdadeiramente — ressalto e ele maneia com a cabeça, concordando. — Você acha que tem alguma probabilidade dele voltar a ficar daquele jeito com a megera?

— Não, não acho, mas Jacob é instável então não dá pra ter certeza...

— Uma parte minha tem medo de passar pelas mesmas coisas, sabe?

— Ai, Ana. Não sei nem o que te dizer em relação a isso, porque é uma situação super complicada — ele lamenta, encarando meus olhos e eu sorrio. — Arrisca, garota. Se ele te machucar de novo, então você vai ter certeza de que ele não te merece. Não se preocupe porque se isso acontecer, quem cometerá um assassinato será eu.

Concordo com a cabeça, vendo que ele está certo e torcendo para que não chegue a esse ponto outra vez. Meus últimos meses já foram turbulentos demais e preciso admitir que há coisas mais importantes com que me preocupar.

O sinal reverbera pela biblioteca silenciosa, informando que nosso descanso terminou. Bufo, desejando mais tempo e me levanto a contra gosto. Bato as mãos na parte de trás da saia, limpando a sujeira.

Uma Garota Discriminada [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora