18 | Eu sou uma garota discriminada!

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Eu sou um homem em uma missão.

- Oh The Larceny.

Quando abri a porta Ana estava perplexa como se tivesse visto algo terrível demais para ser descrito

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Quando abri a porta Ana estava perplexa como se tivesse visto algo terrível demais para ser descrito. Meu pulso acelerou por pensar na possibilidade de a garota ter se envolvido em outro assassinato. Já estamos cheios demais deles.

A brasileira me deu um selinho sem emoção e entrou na casa, sentando-se no sofá e encarando um ponto fixo. Não disse uma única palavra, deixando meus nervos à flor da pele, o que não é bom para ninguém.

Insisti para que falasse, dividisse comigo o que estava a deixando tão atônita, mas ela não contou nada por longos minutos, que pareciam mais a eternidade.

Fui até a cozinha e pedi para que uma das empregadas fizesse um pouco de chocolate quente para ela, — para mim também porque nunca recuso uma bebida quente nesse frio todo — que bebeu tudo sem hesitar.

Ainda estou a encarando, esperando pacientemente que fale o que merda está acontecendo e com receio de ouvir sua resposta.

— Minha mãe está aqui.

Franzo a testa, confuso.

— Sua mãe não morava na Irlanda?

— Ainda mora. Ela veio até aqui me buscar para ir embora com ela... — Ela me encara e sorri com o desembaraço evidente. — Como uma boa filha mandei ela se ferrar.

Não consegui segurar a risada, sentando-me ao seu lado. Ainda estou meio confuso em relação a ela e ao seu envolvimento no homicídio de Evangeline, mas isso não me faz gostar menos dela.

A brasileira roubou meu coração aos poucos e nem me deu chances para detê-la.

— É por isso que você estava assim? Olhando para o nada e pensando em várias coisas.

Acaricio seus ombros, que ainda estão tensos. Detesto vê-la assim. Ela me encara outra vez, balançando a cabeça negativamente.

— Visitei a Lisa hoje.

— Você não pensou que isso poderia parecer meio suspeito? — questiono, erguendo uma sobrancelha.

— Precisava jogá-la contra a parede para ter as respostas que precisava.

— E teve?

— Parcialmente.

Suspiro, meio cansado de toda essa história.

Minha vontade nos últimos dias tem sido pegar um avião e ir até o Texas, ficar na nossa casa de campo por um tempo, observar aquele rio em que pescávamos no começo da adolescência e me isolar do resto do mundo. Isso melhoraria dez por cento da minha vida.

Uma Garota Discriminada [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora