19 | Precisamos de provas

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Eu estou indo para outro nível (tenho que sujar minhas mãos).

- Oh The Larceny.

Os corredores estão mais vazios do que de costume

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Os corredores estão mais vazios do que de costume. Talvez seja porque as pessoas só morrem por aqui. Solto uma risada sem humor dessa minha observação fantástica.

Abro meu armário, guardando meus livros dessa aula que passou e fechando em seguida, trancando-o. É difícil perceber que não vi Ana na aula de literatura, ou que Tom não estará por aí esbanjando seu estilo duvidoso e transformando tudo em um mistério. Não verei Zayn sendo o faz-tudo de Evangeline, nem o olhar sanguinário de Lisa, ou Courtney tentando imitar tudo o que Line fazia.

Não sei como consegui vir até a escola hoje, na verdade, não sei como as pessoas no geral conseguiram passar pelos portões tenebrosos depois de todas as merdas que aconteceram. Esse lugar deveria parar de funcionar, mas enquanto a elite continuar acobertando as merdas que acontecem aqui, duvido que fechem as portas.

Caminho até o refeitório, com uma das mãos no bolso, ignorando os olhares e murmurinhos. Isso é o que se ganha quando se era próximo de quatro defuntos e três presidiários. Minha vida não poderia estar pior.

Teria continuado meu caminho se não tivesse visto uma movimentação estranha em um dos laboratórios e, com a curiosidade gritando mais alto, resolvi ver de longe quem estava ali. Talvez fosse algo a ver com a intuição, mas tenho certeza de que tinha algo errado por ali.

Ao me aproximar da porta entreaberta chequei mais uma vez o corredor deserto. O monitor ditou regras novas com a nossa volta e uma delas foi que quando o sinal tocasse, ninguém deveria ficar perambulando pelos corredores, mas sim no refeitório, biblioteca e quadra de Hóquei. Exatamente por este motivo estranhei as vozes contidas.

Voltando minha atenção para aquela brecha, mal pude acreditar no que os meus olhos estavam vendo. Flynn e Scarlett estavam um de frente para o outro, discutindo. A ruiva estava apoiada na mesa do professor responsável e ele estava extremamente perto dela, com um olhar intimidador, deixando-o irreconhecível. Jamais vi Flynn com raiva, ou brigando, ele sempre foi tão calmo e... bom, invisível.

Tentei me concentrar no assunto da discussão, mas eles estavam falando muito baixo, até que o grito dela me assustou e finalmente consegui ouvir algo.

— Não!

— Shh! Cale a boca. Quer que alguém nos pegue aqui? — Ele questionou, com a voz diferente, mais alta e autoritária do que o normal. — Você não pode contar nada do que aconteceu para ninguém, Scarlett. Esqueceu que também é culpada nessa história?

— Se eu soubesse o que isso se tornaria jamais teria aceitado.

— Mas aceitou. Colocou sua vida em risco no momento em que perseguiu Ana até aquele penhasco.

Uma Garota Discriminada [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora