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Mas eu vou usar a minha voz, é a minha vez de cantar...

- The Score.

 Continuei o encarando em expectativa pela história que seguiria, estranhando o porquê dele ter decidido abrir o jogo

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 Continuei o encarando em expectativa pela história que seguiria, estranhando o porquê dele ter decidido abrir o jogo.

— Evangeline sempre quis ter tudo. Teve até uma época em que ela agia como uma irmã amorosa, mas quando aconteceu aquilo... Algo dentro dela mudou, creio que tenha sido um transtorno desencadeado pelo trauma. Nunca vamos saber graças à sua amiga.

Ele bebe mais um gole de seja lá o que for, com os olhos distantes. Flynn estava se referindo àquela noite em que Evangeline foi assediada por alguém que nunca soubemos e ao que parece, nunca iremos saber. A garota mudou da água para o vinho, disposta a transformar a vida de todos em um inferno como a dela. Foi por esse motivo que começou a induzir Beatrice ao suicídio.

— Ela começou a induzir Beatrice ao suicídio... — repito e ele me encara.

— É, mas o que poucos sabem é que Evangeline morria de ciúmes da relação entre Lisa e Beatrice. E eu, bem, pouco ligava. Minha irmã foi a principal responsável pelo assassinato da garota, mas eu a ajudei a fazer com que a situação parecesse suicídio.

Flashes daquela noite voltam à minha mente. Flynn demorou a chegar naquele dia e disse que a irmã tinha ido resolver algo na casa de Beatrice.

— Por quê?

— Por quê? — Ele repete, cheio de sarcasmo. — Eu sempre odiei todos vocês e isso começou quando eu era o excluído de quase tudo. Quando íamos até a sua casa no Texas, por exemplo, você sempre dava mais atenção para o Henry e Zayn! Eu sempre fiquei de escanteio, Jacob.

— Não é...

Ele me impede de completar a frase, jogando o copo contra a parede, chamando a atenção de uma empregada que logo retornou quando eu fiz um sinal para ela ir embora. Esse garoto é maluco!

— Não ouse dizer que é mentira! Você sabe que estou certo. Evangeline era a abelha rainha porque vocês eram idiotas demais para deter seu veneno, já eu, sempre observava tudo com um monólogo nunca respondido.

Flynn parece estar com mais raiva do que antes, se é que isso é possível. Respiro fundo, engolindo em seco. Não sei qual é o desfecho de todas essas revelações, mas seja como for, sei que coisa boa não sairá daqui hoje.

— Por que nunca nos disse como se sentia, Flynn? — Questiono. Uma dúvida real.

— Mudaria alguma coisa? Seja sincero consigo mesmo, Campbell. Vocês diriam que eu estava maluco e esqueceriam tudo.

Engulo em seco outra vez porque provavelmente ele está certo. A culpa recai sobre os meus ombros, esmagando-me.

— Henry...

Uma Garota Discriminada [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora