XXXI

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As garotas se beijavam com afobação enquanto um filme qualquer rodava na televisão. Bianca mal podia respirar, mas se negava a parar de beijar Rafaella. A garota gemeu baixinho quando a mineira arrastou as unhas em suas costas por baixo da blusa e não resistiu em apertar com vontade a cintura de sua namorada, acariciando a barriga lentamente.

-- Bi, por favor... -- Rafaella sussurrou em um choramingo, enquanto a carioca descia uma trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.

Bianca queria, Rafaella queria, então por que não? Foi o pensamento impulsivo da menor que a fez deslizar sua mão para dentro da calça de moletom que a mineira usava, a acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.

"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não vou ir mais além." Repetia em seu interior como um mantra.

-- Isso é bom... -- Rafaella gemeu baixinho, abrindo inconscientemente as pernas e fechando os olhos para desfrutar do toque da namorada.

-- Eu vou te ajudar a parar a vontade, está bem? -- Bianca murmurou, vendo a mineira assentir e voltar a colar as bocas.

Os dedos da carioca começaram a massagear o clitóris de Rafaella por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.

-- Bi, isso é muito gostoso... -- a loira gemeu, mordendo o lábio inferior de Bianca para abafar um gemido alto. A carioca acelerou os movimentos, sentindo as unhas de Rafaella se arrastarem em suas costas.

-- É? -- a morena perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.

-- Sim, você está se aproveitando de mim. Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.

Aproveitadora.

Aproveitadora.

Os olhos se abriram e Camila se sentou na cama, olhando tudo em volta. Maldito pesadelo dos infernos! (n/a: VAI TOMAR NO CU PORRAAAA!  QUE ÓDIO! 😭😭😭😭😭)

Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar. Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Rafaella havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Rafaella ou Genilda a acusavam de ser aproveitadora.

Ela sabia que não era, mas sabia que estava há tempo demais sem ter um orgasmo. Provavelmente era por isso que estava tão frustrada ultimamente. Isso acabaria ali, pensou.

Bianca retirou toda a sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Rafaella, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Bianca iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.

A garota suspirou e focou em Rafaella: Não seria errado se masturbar pensando nela agora, seria? Afinal ela não era tão inocente naquele assunto mais e já havia deixado claro para Bianca que se excitava com ela. Tal pensamento fez a carioca descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumescido e ela o apertou levemente, enquanto sua outra mão escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.

Ela não precisava de muito, estava completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Rafaella, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.

Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Bianca introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos.

Ela começou um delicioso movimento de vai e vém e, com o polegar, acariciava seu clitóris. Acelerou os movimentos quando sentiu que estava na borda, seu corpo já estava suado pelos movimentos rápidos e graças ao calor que a inundava, mas não estava sendo o suficiente, então apertou seu seio com mais vontade e retirou os dedos de dentro dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com os dedos que antes estavam em seu interior. Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão.

Estava chegando.

Estava chegando.

Podia senti-lo.

Todavia, batidas na porta a fizeram pular assustada. (n/a: coitadaaa da Bianca!)

-- Quem é? -- Bianca perguntou, sentindo a frustração e o mau humor inundarem cada célula de seu ser.

-- Rafaella e Genilda estão lá embaixo. -- Bob gritou de volta, fazendo a carioca estranhar. Era sempre ela que ia buscar Rafaella.

-- Avise-as que vou tomar um banho bem rápido e em um segundo já desço. -- Disse, recolhendo suas roupas do chão. -- E diga para ficarem à vontade. -- Avisou por fim, indo em direção ao banheiro.

Ela não conseguiria terminar o que havia começado, nunca funcionava por pressão, então nem se daria ao trabalho de tentar.

[...]

-- Oi, coisa linda. -- a carioca disse assim que desceu da escada, dando um selinho em Rafaella, afinal Genilda já havia se acostumado, porque a mineira se recusava a ter uma despedida sem um beijinho decente, como costumava chamar. -- Olá, Genilda. -- Bianca disse dando um beijo no rosto da mulher.

-- Olá, criança. -- Genilda respondeu gentilmente. -- Não precisa fazer essa cara, só vim porque Rafaella alegava estar com saudades e queria te contar a novidade. -- Falou rindo ao ver a expressão preocupada no rosto da carioca.

-- Novidade? -- Bianca perguntou confusa, mas paralisou ao ver Rafaella se levantar do sofá e caminhar pela sala. Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.

-- Oh meu Deus... -- Ela disse incrédula. -- Eu estou... Estou tão feliz. -- Bianca exclamou, vendo Rafaella se aproximar dela e tocar seu rosto delicadamente.

-- Por que está chorando, Bi? -- a mineira perguntou, enxugando uma lágrima do rosto da carioca.

-- Porque a minha namorada está completamente bem e isso faz meu coração muito feliz. São lágrimas de alegria, sua boba. -- a norena explicou, colando sua testa na de Rafaella.

-- Agora eu vou poder descer as escadas e preparar nosso café da manhã igual você faz para mim. -- a mineira disse sorrindo.

-- Bianca será que podemos conversar um momento antes de eu ir? -- Genilda perguntou e a morena assentiu.

-- Claro, como está? -- Bianca perguntou, dando um selinho em Rafaella e acenando com a cabeça para Genilda a seguir até a cozinha. -- Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana todo.

-- Rafaella anda exigindo uma certa liberdade normal para sua idade, prefiro não atrapalhar. -- a mulher disse sem jeito, se ajeitando em uma das cadeiras dali. Bianca imitou seu movimento e também se sentou.

-- Imagina, Rafaella adora sua companhia e eu também. Não se preocupe com isso. -- a carioca disse, segurando a mão da mulher.

-- Acredito que precisem de um momento de privacidade e, bem... -- Ela limpou a garganta. -- Meu limite de constrangimentos foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. -- Replicou rindo e Bianca assentiu.

-- Bem, sobre o que queria conversar? -- A mais nova perguntou.

-- Sobre, hm, vocês. -- A mulher disse envergonhada. Bianca arqueou uma sobrancelha. Sobre elas? O que Genilda teria para falar, afinal?

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Bom dia pras leitoras mais lindas do MUNDO! 

Em um piscar de olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora