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Fico com isso na cabeça, confusa e criando várias teorias do que deve ter acontecido, se os pais dele são apaixonados, porque ele tá indo casar com outra mulher? Até aonde eu sei a mãe dele ainda está viva... A memória de Mary falando para mim sobre ele poder tá mentindo vem a mente, mas ele não poderia estar mentindo, não teria porque ele mentir, ou tem? Que merda.
— Josephine, você tá bém? — escuto a voz de Mary, me fazendo sair dos meus pensamentos.
Pelo visto os três tavam me encarando, enquanto eu tava viajando. Eu não iria falar para a Mary sobre isso, porque eu sabia que ela viria me falar para não aceita a proposta do Hero e mandar ele ir a merda, não falei nem do encontro, talvez eu fale depois, dependendo do que acontecer, porque eu ainda tinha que tirar a limpo essa história com ele, não vou decidir nada até ele me contar a verdade sobre isso.
— Tá tudo bem sim, eu só me distrai — sorrio fraco, dando de ombros.
Na verdade eu não estava bem, eu estava mais paranóica que tudo, será que o pai do Hero traía a mãe dele, com a mãe do Noah? Se for assim eles não são apaixonados de verdade, pessoas apaixonadas e que se amam, não traem, não faz sentido.
O dia passa até que bem corrido, como era o primeiro dia, a reitora não deixaram que a gente saísse pra esquiar, tivemos que ficar o dia todo na cabana, que logo amanhã de manhã já poderíamos ir para as pistas. E com isso maioria do tempo ficamos no quarto, Noah aparecia lá às vezes e conversava com a gente, até ele sair denovo quando o chamavam. A maioria do dia eu fiquei lendo, red queen, só ás vezes que eu parava para conversa com o pessoal, ou até com Noah vinha aqui. Quando deu umas 21:40, meu celular desperta, me fazendo largar o livro.
Eu havia posto o alarme para que eu não me esquecesse do encontro com o Hero, agora mais do que nunca eu queria vê-lo, eu queria pergunta sobre isso e queria ver na sua cara se estava mentindo para mim ou não, nessas horas agradeço por ter pedido um tempo, porque sinceramente se eu tivesse decido já antes de descobrir isso acho que eu teria um troço.
Vou tomar um banho antes, e coloco um conjuntinho de moletom que eu tinha em tons pastéis e ajeito meu cabelo.
— Aonde você vai? — escuto a voz de Mike.
— Vou passear por aí — digo enquanto eu saia do banheiro indo direto para a porta.
— Essa hora da noite? — questiona Mike, fazendo careta e eu aceno com a cabeça.
— Vou fingir que eu acredito — dispara Mary.
Rio baixo, antes de sair do quarto sem responder mais nada, ainda meio deslocada e com medo de alguém me ver, coloco o capuz e meu cabelo para dentro, ando até a escada e subo o máximo dos degraus que eu puder até chegar num corredor escuro e estreito, iluminado apenas pela luz que vinha das janelas, havia poucas portas, mas a do final do corredor tinha uma placa brilhante, que brilhava com a luz da janela que batia, escrito "Acesso restrito, terraço", e sei que é ali que Hero havia falado. Vou até a porta com cuidado e abro sem fazer muito barulho, morrendo de medo do Hero não estar ali e eu acaba sendo pega entrando em lugar que não devo.
Um ar frio congelante, vem em mim e eu gemo baixinho de frio, me auto abraçando, antes de eu fechar a porta, coloco um cartãozinho ali para que não trancasse assim que fechasse, subo as escadas devagar e subo até o terraço, que não era 100% aberto, mas era composto por várias paredes de vidro, que não impediam que o frio entrasse. O lugar era até que fofo tinhas uns sofázinhos e umas partes pra churrasco talvez, talvez aqui era usado apenas no verão ou em algum momento que ficasse mais calor, porque puta merda que frio.
— Hero? — falo enquanto andava pelo lugar, enquanto caçava ele.
Logo enquanto eu andava, dou um gritinho baixo de susto a sentir duas mãos em meus ombros, me viro para trás e levo outro susto a ver um poste de pessoa com um capuz preto, que merda eu vou morrer. Mas logo escuto uma risada e bufo baixo, já sabendo quem era, me viro para ele e bato em seu peito, e Hero tira o capuz enquanto ria.
— Você tinha que ver sua cara.
— Vai se ferrar, você quase me matou do coração. — digo o encarando irritada.
— Desculpa meu amor, não foi a intenção — ele sorri.
— Porque me chamou aqui? Tá muito frio — digo enquanto eu ainda me auto abraçava, acariciando meus braços para me esquentar.
— Vem cá, aqui tá frio mesmo — ele diz pegando no meu braço e me levando até uma porta.
Assim que ele abre era tipo um mini quartinho da bagunça, algo bem aconchegante, tirando uns equipamentos para esquiar. Ele fecha a porta assim que entramos e aí que eu vejo, no meio tinha meio que um cobertozinho aonde poderia sentar que ele provavelmente teria preparado para nós dois, sorrio meio boba e vou até ele me sentando. Comparado lá fora aqui parecia estar no verão, já que não batia o vento frio e tinha umas velinhas, era algo até que bem fofo.
— Preparou isso tudo — Rio baixo, sorrindo, enquanto ele vem e se senta a minha frente.
— Pensei que iria gostar, é pouca coisa mas é seguro para a gente se ver — ele sorri, dando de ombros.
— Me chamou porque queria me ver ou porque queria conversar? — olho para ele.
— Conversar e também porque eu queria muito te ver.
Sinto minhas bochechas corarem e agradeço que por conta da luz das velas provavelmente não daria para ver.
— Sobre o que quer conversar? — pergunto.
— Queria saber sua opinião sobre o que eu falei para você, se você tinha alguma dúvida ou se quer perguntar algo, sei que não é uma decisão fácil...
— Sim... Não é fácil, e sim eu tenho uma pergunta para você — disparo.
Ele deu a brecha, então porque não?
— Pode falar.
— Você disse que seus pais se casaram apaixonados por causa daquele contrato, se eles são apaixonados, então como seu pai vai casar com a mãe do Noah?
Sua expressão muda e fica meio aprempreensiva e pensativa.
— Amor geralmente não dura para sempre, meus pais se casaram apaixonados, até que minha mãe o traiu, minha mãe era tudo para ele, e quando ele soube da traição, foi aí que ele começou a rica diferente, mais grosso e severo, só pensava no trabalho e no que era certo, sem se importar com sentimentos, até que ele conheceu a mãe do Noah, mesmo ela sendo uma ótima pessoa, não é o suficiente para mudar meu pai, ele ainda tem muita mágoa, e acho que ele não me deixa casar por amor principalmente por causa disso, não acho justo o que ele tá fazendo mesmo sentindo dó dele pelo que minha mãe fez, mas não acho justo ele fica descontando isso em mim ou até na minha irmã por conta disso — ele diz meio sério, enquanto me olhava.
E nessa hora tudo volta a se encaixar novamente, e todas as minhas paranóias e teorias vão pro ralo, respiro fundo e penso. A ideia ainda sim me dava medo tudo isso dava, eu nunca mais poderia ver minha mãe se eu fugisse com eles, como eu voltaria prós EUA, com o medo que o pai dele me achasse e me matasse ou sei lá o que, que ele iria fazer comigo.
— Eu ainda tenho muito medo Hero... Não poderei voltar prós EUA depois disso? Não poderei voltar porque se não seu pai vai me matar? E minha mãe? Meus amigos, é algo muito grande Hero, um risco gigante, além que se seu pai for tão poderoso assim, o que o impede de nós acharmos em outro lugar? Imagina fazemos isso tudo e no final somos descobertos... — digo baixo, o olhando.
— Me desculpa Josephine... Por ter te posto nisso tudo, por fazer você fica com medo disso... Eu só quero ter uma chance, quero uma chance pra nós dois, quero que isso dê certo, eu quero ficar com você, mas pra isso teríamos que arriscar, e eu tenho medo de perde-la, não posso força-la arriscar enfrentar meu pai comigo, mas se quiser podemos, podemos enfrentar isso e talvez nem precisaremos fugir, eu só tô te chamando para tentarmos... Lutar por nós dois... — ele diz logo se aproximando de mim, e segurando em minha mão fazendo carinho. — Você me ama?
— Eu amo...
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Good Morning Love [COMPLETO]
RomanceJosephine Langford é uma estudante do segundo ano da faculdade, que se muda pra cidade grande para poder estudar na faculdade que tanto queria, e acaba tendo que morar sozinha em um apartamento durante seu tempo na faculdade. Porém, no dia da mudanç...