[40] the worst memories

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[ esse capítulo não está corrigido. use a tag #SMHmichaeng para falar sobre a fanfic no twitter ]

I know you're somewhere out there
Somewhere far away
I want you back, I want you back

MYOUI MINA

Nayeon se tornou invisível nos dias que se seguiram, mas a vimos circulando pelo CTI e só podíamos encontrá-la se fossemos até a sala de tecnologia. Ao menos, com os dias que se passaram, ela nos deu uma coletânea de informações.

A primeira era que, de fato, a porta só se abria com a digital real. Sempre tinha a presença de Ichiro ou de meu pai.

A segunda foi que, sim, o dispositivo as prendia em suas piores memórias. Chaeyoung continuava a chamar por mim e por sua mãe, e era possível observar a câmera de Tzuyu se mexendo demais quando eles usavam o dispositivo nela.

A terceira foi que Tzuyu resistiu ao soro.

Como Chaeyoung, berrou tudo que podia para impedir as informações de escaparem de seus lábios, e parecia cada vez mais ofegante.

Já Jihyo, não gastavam seus soros em estoque com ela. Muitos rebeldes já haviam sido pegos com o antídoto do soro em suas veias enquanto achavam ter deletado suas memórias, e foram dados como inúteis muito rapidamente - ou resistiram as próximas interrogações e ninguém sabia? Ou Tzuyu sabia, e por isso não hesitou?

Ainda assim, usavam o dispositivo ruim em Jihyo, como se gostassem de prende-la no que deveria ser o nada.

Eram um monte de perguntas, e nenhuma resposta.

— Você parece muito pensativa — ouvi a voz de Momo enquanto estávamos sentadas na área de design e afins do CTI. Dahyun andava de um lado para o outro mais atrás.

— Estou pensando nela — sussurrei.

Momo buscou o pequeno pedaço de gesso na mesa à nossa frente.

— Por causa disso?

Olhei para as palavras traçadas no gesso.

"Eu poderia enfeitar seu gesso com a minha arte, mas acho que você já é toda a arte que o mundo precisa".

— Também.

Momo largou o gesso e apertou minha mão.

— Nayeon vai pensar num plano — disse ela. — E vamos conseguir, ela vai voltar.

— Quero que todas voltem — resmunguei.

— Ela chegou — ouvi a voz de Dahyun ao se aproximar, e apontou para a frente. Uma mulher que vestia uma calça esportiva com um top preto entrava carregando uma maleta. Seu corpo inteiro, das clavículas para baixo, pareciam marcados por tatuagens.

Me levantei rapidamente agarrando o pedaço de gesso e me aproximei dela, botando na mesa em que ela havia se apoiado. Seu olhar subiu para mim devagar. Quando parou nos meus olhos, exibiu um sorriso ladino.

— É você que vou tatuar hoje, sim? — Perguntou.

Afirmei com a cabeça.

— Tatuar a alteza... uma honra — sua voz talvez tivesse um pequeno tom de deboche, e reparei numa pequena tatuagem de cruz perto de seu olho direito. — Sana me disse que ia tatuar uma das princesas. Apenas não sabia qual.

Momo deu um passo a frente.

— Não sou uma princesa.

A mulher virou a cabeça para ela, riu e piscou.

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