[12] courage and balance

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N/a: nesse capítulo vocês vão conhecer melhor a Chaeyoung, espero que gostem

e ele tá um pouco pequeno, perdão

tags desse capítulo que podem causar gatilho: violência, abuso

 I am here
All of this wrong, but I'm still right here
I don't have the answers, but the questions is clear

SON CHAEYOUNG

17 anos atrás.

Mãe? — a minha voz saiu escorregada, de forma suplicante. Muito fina se comparada a atualmente. Meu corpo era pequeno, sem tatuagem alguma. Eu tinha apenas 9 anos.

A mulher se virou para mim. Eu estava apenas com a cabeça para dentro da sala, os caras vestidos de branco e armados que eu via apenas na rua estavam agora na sala de minha casa. Por ser uma casa semi-subterrânea, a luz que entrava pela janela a altura da rua não iluminava muito bem.

— Querida, não te pedi para ficar no quarto?

Eu demorei para responder, meus olhos caindo pelos homens cujos rostos não eram visíveis.

Apenas afirmei com a cabeça.

— Então volte para lá, daqui a pouco a omma estará lá também, tudo bem, meu amor? — sua voz era calma e doce, naquela época eu não sabia que precisaria ler o que seus olhos falavam para realmente entender.

Eu não disse nada, me virei e voltei para o quarto. O único quarto da casa, com um colchão no chão, que eu dividia com a minha mãe. Meu pai dormia em um lençol fino no chão.

Me sentei com as pernas cruzadas e encarei a parede, muito infantil ainda para saber que era melhor evitar escutar as vozes que entravam. Afinal era tudo pequeno, era impossível não ouvir.

— Você foi pega roubando de novo. Das outras vezes seu marido resolveu o problema, mas não acho que ele esteja aqui dessa vez — a voz do homem era grossa e bruta.

— Eu tenho uma filha para alimentar. Como vocês esperam... Como vocês esperam que eu consiga colocar um pão na mesa para ela não morrer de fome se seu rei não autoriza comerciantes dessa região?

Nosso rei — uma outra voz corrigiu.

— E ele está errado? Olhe para tudo isso, olhe como sua casa é podre. Espera que ele deixe alguém consumir algo que venha daqui? A intenção é que vocês passem fome e morram de uma vez, para que possamos erradicar esses lugares — a voz do homem estava cheia de desgosto.

— Nós teremos que prendê-la.

Meus pequenos olhos se arregalaram.

— Não, vocês não podem. Eu tenho uma família. Não tenho ninguém para cuidar da minha filha enquanto meu marido trabalha. Não façam isso, por favor.

Um pouco de silêncio se prosseguiu, até que eu ouvi algo batendo no chão.

— Por favor, por favor, eu suplico. Qualquer coisa, farei qualquer coisa. Mas não me prendam.

show me howOnde histórias criam vida. Descubra agora