[06] following her

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Do you know what's worth fighting for

When it's not worth dying for?

Chaeyoung suspirou audivelmente e se virou para sair, me deixando para trás com seus passos apressados de novo. O homem voltou para a sua revista. Segui Chaeyoung que havia sentado na escada e tinha a cabeça entre as mãos.

— O que houve?

O rosto dela não expressava nada mas as suas palavras foram duras.

— Tem algo de errado, algo de muito errado. E se for o que estou pensando, estamos completamente fodidas.

Eu me mantive em silêncio, esperando ela tomar a iniciativa de me botar a par da situação. Mas o problema é que ela também se manteve em silêncio, e apesar de eu ter sido relativamente boa em conter minha curiosidade até então, agora eu estava nervosa demais para pensar em me controlar para não perguntar.

— Chaeyoung, me explica o que está havendo.

Ela se levantou rapidamente e me tomou pelo braço, começando a andar na direção da esquina naquela rua praticamente deserta.

— Chaeyoung...?

— Quieta, princesinha.

E lá estava o maldito apelido.

Suspirei e deixei que ela me guiasse, preparada para uma longa caminhada, mas ela parou ao virar a esquina do prédio e olhou em volta. Parecia completamente atenta, prestando atenção nas direções com a testa levemente franzida enquanto seus olhos analisavam cada centímetro daquelas ruas. Algumas pessoas passavam por ali, assim como alguns raros carros, e do outro lado da rua também havia pessoas sentadas no chão com as mãos esticando na direção de cada pessoa que passava por elas.

E então Chaeyoung começou a resmungar.

— Não podemos voltar para Jihyo e Nayeon, não voltarei a botá-las em perigo... — ela parecia resmungar para ela mesma, mas mesmo assim tentei apurar meus ouvidos para prestar atenção. — Tudo bem, só temos uma opção. Não podemos pegar os metrôs por conta dos sistemas de reconhecimento facial e provavelmente a segurança vai estar intensificada.

Chaeyoung virou para a direita, de onde nós viemos.

Seus olhos passaram pelas três ruas ali visíveis no cruzamento. Ela fechou os olhos e franziu mais forte o cenho como se estivesse tentando se lembrar.

— Transporte público. Transporte público ilegal.

Então ela se virou para a esquerda.

— CTI.

— CTI? — resmunguei pois a sigla me remetia ao local no hospital de dentro do Palácio onde ficavam os casos mais graves de pessoas importantes doentes.

Chaeyoung olhou de canto de olho pra mim.

— Transporte público, definitivamente — de novo sua voz saiu baixa como se falasse sozinha, e dessa vez com um pequeno tom de ironia que eu senti ser direcionado a mim. — Vamos, princesinha.

Chaeyoung tomou a dianteira voltando da direção que viemos me fazendo suspirar pois sabia que não adiantaria perguntar nada pra ela naquele momento. Ela não estava afim de me responder e estava muito mergulhada em si mesma.

show me howOnde histórias criam vida. Descubra agora