[09] alcohol

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ATENÇÃO: a narração desse capítulo, por ser do ponto de vista de Chaeyoung, começa de um ponto um pouco antes de onde parou o capítulo anterior.


Then you smiled over your shoulder
For a minute, I was stone-cold sober
I pulled you closer to my chest

SON CHAEYOUNG

Deixei Mina em um dos quartos do segundo andar e segui para conversar com Sana. Acho que ela não percebeu o que exatamente ocorria naquele quarto, pois entrou sem relutar. E do jeito que é fresca, se soubesse não teria entrado tão facilmente.

Fala sério, um quarto com não muito além de uma cama no andar superior de uma boate? Achei que era óbvio.

Segui para o quarto de Sana com ela na frente, e a japonesa tirou duas garrafas de Soju de sua geladeira, abriu e me entregou uma, enquanto ficava com outra. Ela se apoiou no balcão da cozinha e eu me sentei na frente.

— Ok, Son, agora me explica o que aconteceu e porque eu estou com uma fugitiva com uma ficha criminal bem cheia e uma princesa embaixo do meu teto.

Eu tomei um gole da bebida que tanto sentia falta. Como explicar todos os ocorridos dos últimos dias?

— Você sabe que eu estava presa dentro dos limites do Palácio, certo? — Contei para ela como era lá.

Como eu ficava naquela maldita cápsula com um campo de força e nada muito além de uma cama dura no centro e um banheiro no canto, com chuveiro e privada. Diariamente eu recebia refeições e de 3 em 3 dias mudas de roupa.

Como quando eu vi Mina eu soube exatamente o que ela estava fazendo por conta dos sussurros dos guardas que foram me levar comida naqueles dias anteriores.

"Viu que o casamento da princesa foi adiantado?"

"Sim, não sei se o cara que vai casar com ela é um puta sortudo ou um azarado do caralho."

"Se levar em consideração aquele corpinho e rostinho, eu queria ser ele. Nas horas que não estivesse na cama com ela era só mandar calar a boca."

No caso daqueles guardas, mesmo tendo nojo da família real eu senti repulsa deles. Eu odiava que objetificassem mulheres daquela forma, mesmo que fosse Myoui Mina.

Outros guardas sussurram sobre como a princesa andava com cara de puta e abatida para todos os lados quando o noivo dela chegou.

Eu coletei aquelas informações para mim mesmo achando que não serviriam de nada, mas quando vi aquela mulher correndo com aquele vestido no meio da floresta no exato dia de seu casamento, eu liguei os pontos.

Ela era uma princesinha vendida para o reino vizinho, devia ter a mente fraca. Foi fácil de induzi-la a me tirar dali, pois apesar de ser filha do rei, ela sabia como era o pai dela. Ela sabia o monstro que ele poderia ser. E uma vez que fugiu, não iria querer voltar para as suas garras.

Eu contei para Sana sobre como a levei até Jihyo e Nayeon, como ela já não tinha mais o rastreador no braço, como ela era uma fodida de uma curiosa que estava aprendendo a engolir as perguntas para si mesma.

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