Antes de você (The Heartbreakers #2)

Capítulo 5

"Fawn entrou embaixo da mesa. Ela viu coisas voando e o som de madeira se partindo. Garrafas e copos de vidro se estilhaçavam no chão. Ela começou a engatinhar para fora, quando uma mão pegou seu tornozelo. Sem pensar duas vezes, ela chutou seu agressor desconhecido.
— Sua vaca! – o estranho gritou e Fawn se virou para ver Meadow, a bruxa que ela estava procurando nos últimos dias.
— Não fui eu. – ela mentiu, vendo a bruxa segurar seu nariz, que sangrava."
— Trilogia Fogo e Aço —

Rainbow

O ar saia pesadamente dos meus pulmões. Forcei minhas pernas mais um pouco, conseguindo ganhar mais velocidade.

Eu odiava areia. Ela entrava em todos os lugares.

Aumentei o volume da música tocando nos meus fones e mantive o ritmo da minha corrida. Gimme! Gimme! do ABBA tocava alto. O mar azul estava calmo enquanto eu forçava minhas pernas a correr na maldita areia.

Eu nunca mais cometeria esse erro.

Depois de tantos anos, eu tinha esquecido como era horrível correr na areia da praia. Ou correr em qualquer tipo de areia. Meus órgãos estavam implorando por clemência. Tenho certeza que o treinador Madison aprovaria, se me visse nesse momento.

— Mais rápido, Sullivan! – a voz do treinador gritou na minha mente. — Todas aquelas voltas no campo não serviram para nada? – outro grito. Minha mente estava bastante criativa hoje.

Ou isso realmente era o treinador.

Olhei ao redor.

Por favor, que eu esteja delirando.

Por favor, que eu esteja delirando e aquele não seja o treinador Madison correndo com a Kinsey na praia vindo em minha direção. Retardei meus passos, tentando evitar esse encontro.

Virei meu olhar para o mar pensando se eu teria tempo de me jogar e esperar que a correnteza fizesse o resto do serviço. Shea iria ficar brava se perdesse uma madrinha no mar, mas acho que enfrentar a fúria dela valia a pena.

— Rainbow! – Kinsey gritou. Eu ouvi a advertência em seu tom. Soltei um suspiro triste e cansado, aceitando meu destino. Corri para eles. Dei uma boa olhada em Kinsey quando me aproximei e um largo e sincero sorriso surgiu em meu rosto.

Ela estava destruída. E com ressaca.

Ah, como o destino é bom.

— Treinador. Kin-Kin. Bom dia, tudo bem? – cumprimentei educada, retirando meus fones. O treinador sorriu e Kinsey estreitou seus olhos. Coloquei minhas mãos na cintura e dei uma olhada de cima a baixo em nela. — Você parece de ressaca, Kinsey. Por que acordou tão cedo? – perguntei num tom inocente. O sol estava começando a surgir acima da linha do Horizonte no mar, nesse momento.

— Kinsey precisa manter seus treinos, mesmo aqui. Então, eu a acordei para correr comigo. – o treinador falou. Kinsey o olhou de lado.

— Eu preciso, papai?

— Sim. Você é uma atleta profissional, tem que manter seu físico.

— É mesmo, papai? Porque Shelley também é uma atleta profissional e ela está na caminha quentinha e confortável dela agora! – ela ralhou irritada. O treinador apenas sorriu e deu um tapinha na cabeça dela. Eu tossi, tentando segurar minha risada.

— Shelley não bateu na minha porta a meia-noite quando eu estava prestes a ter uma noite muito boa com sua mãe, bonequinha. – ele disse condescendente. Minha tosse ficou mais alta. Kinsey o olhou confusa.