Capítulo 15

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"A corrente de ar frio agitou os cabelos escuros da fada enquanto ela andava pelos corredores escuros do castelo do rei de Gaoth. Fazia pelo menos dois séculos desde que ela tinha estado ali, mas ela ainda se lembrava de cada pequena coisa, cada caminho existente ali. Invadir o lar do rei tinha sido fácil, mas agora ela devia encontrá-lo. E isso seria difícil.

Todos conheciam o temperamento do rei Vânt e Fawn o conhecia melhor que qualquer outra criatura, afinal, ela fora criada por ele.

— Vejo que você cresceu desde a última vez que eu te vi, copil. – a voz do rei correu pelo corredor escuro e frio. O vento balançou seu cabelo e Fawn parou, em silêncio. — Me perguntei quando você voltaria para casa, criança. E é óbvio que eu deveria saber que você escolheria o pior momento. – ele continuou. O som da brisa era a única coisa audível. A voz do rei estava sendo sussurrada pelo vento. — Vou te poupar o fôlego, copil, você não vai lutar nessa guerra. Isso é entre mim e aquela rainha tirana de Teine.

— Eu posso ajudar. – a fada rebateu. Isso fez o rei dar uma risada. — Você sabe que eu posso.

— Não duvido disso, copil. Não existe ninguém melhor do que você para nos ajudar a ganhar a guerra contra Isati, mas eu não vou permitir. – ele respondeu, o vento soprou bem em seu rosto, como se ele estivesse parado em sua frente, mesmo que Fawn soubesse que o rei não estava. — Eu não te salvei da execução para em seguida te mandar para a guerra.
— Trilogia Fogo e Aço —

Rainbow

A música fluía pelos cômodos da casa. A voz pacífica me trazia uma certa paz e um alívio a minha mente. Talvez isso tivesse algo haver com uma memória afetiva ou algo assim.

Eu andei pelo corredor lentamente, absorvendo a canção. O som parecia tocar uma parte profunda de mim.

— Oh, um dia eu farei um pedido a uma estrela
Acordar em um lugar onde as nuvens estão bem atrás de mim
Onde problemas derretem como balas de limão
Bem acima do topo de uma chaminé, é lá que você me encontrará, oh – cantarolei e parei na entrada do cômodo de onde a música vinha.

Meu pai olhou para mim e sorriu. Sempre que essa música tocava em qualquer lugar, ele parava tudo o que estava fazendo apenas para ouvi-la. A música que inspirou meu nome.

Mesmo que eu não fosse o que eles queriam.

Rain, venha aqui. – ele chamou, ainda risonho. Era estranho vê-lo tão feliz. E era mais estranho que ele estivesse sorrindo para mim. Eu nunca recebia sorrisos. Não dele ou da mamãe.

Desculpe, eu tenho lição de casa. Vou para o meu quarto. – me desculpei. Por um momento, algo passou nos olhos dele. Foi tão rápido e mesmo assim eu reconheci o sentimento: pesar. Isso apertou meu peito — Mas acho que uns minutos não vão interferir muito no meu desempenho nas atividades. Eu sou terrível de qualquer forma. – completei e ele sorriu novamente e me estendeu a mão. Eu me aproximei cautelosamente.

Será que Etta não poderia aparecer e interromper?

O que acha de uma dança? – ele perguntou. Eu fiz uma careta. Eu odiava dançar. — Eu sei que você não gosta. Que tal cantar?

Mas você é péssimo nisso. – respondi e ele gargalhou. Hoje parecia ser uma dia especialmente bom para ele. — Essa música?

Sim, é a minha preferida e eu sei que você a conhece bem, querida.

Antes de você (The Heartbreakers #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora