Capítulo 26

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"Raider deixou o mapa cair sobre a mesa. Fawn não tirou seus olhos dele nem por um instante. Meadow se aproximou, por trás dela e colocou suas mãos nos ombros da fada, que tensionou.

— Agora, seja boazinha e aponte no mapa para aonde vamos. – Meadow disse, com uma voz anormalmente doce. Esse tom deu arrepios em Raider, mas ele se forçou a manter a pose.

— Você podem ir se foder, no que depender de mim. – Fawn respondeu. Raider viu um pequeno flash de dor passar pelo rosto da fada, quando a bruxa apertou seus ombros.

— Aponte. Agora. – Meadow ordenou. A criatura conhecida como uma assassina de sangue frio, perseguida por toda a Faerie, apontou para a pequena ilha no mapa e arrepios subiram pela coluna de Raider. Meadow estava parada, olhando. — Isso é uma missão suicida.

Dòrainn era o segundo reino mais protegido de toda a Faerie. E o que possuía a rainha mais cruel de todas. A ilha era apenas onde ficava o portal para o reino subaquático onde a cidade se mantinha escondida e segura. A rainha Umi era famosa por deixar que os monstros marinhos ao redor da ilha devorassem aqueles que chegavam sem permissão.

— Vocês não precisam ir comigo.

— Como você pretende entrar em Dòrainn? É impossível sem um convite da rainha ou um atravessador, que conheça o portal. – Arden questionou do canto.

— Eu tenho um atravessador. – ela disse resoluta.

— Quem? – Raider questionou.

— Eu. – foi a resposta da fada."
— Trilogia Fogo e Aço —

Ivan

Olhei para o desenho na tela do tablet em minhas mãos com atenção. Passei meus dedos levemente pela curva do pescoço. Era idêntico. Exatamente do jeito que eu imaginei.

— O que você achou? – Jake me perguntou. Ele estava em pé ao meu lado, enquanto eu admirava seu trabalho. Ele era um artista talentoso, um dos melhores ilustradores que eu conhecia e nós trabalhávamos juntos desde que eu tinha lançado o primeiro livro da trilogia Fogo e Aço.

— É exatamente como eu imaginei. É como se você já a tivesse visto também. – admiti, ainda impressionado. Jake riu e se inclinou, para mostrar outra ilustração. Era Tali de outro ponto de vista, dessa vez com a cauda e no oceano, observando o barco de Zion. — Eu gosto das cores, mas parece que algo está errado. O que você acha?

— Eu tive essa impressão também, mas fiz de acordo com a descrição que você me mandou. Peguei todos os detalhes que tinha naquele trecho e tomei uma liberdade poética em relação ao que está embaixo d'água. – ele disse. Eu observei o desenho novamente. O cabelo dela estava perfeito, no tom certo. O barco do Zion era exatamente do jeito que eu queria, talvez fosse a cauda dela. — É a cauda. A cor não combina com ela.

— Na minha cabeça ficava bem legal, mas você está certo. Esse tom de vermelho não está certo. – admiti. Não era a primeira vez que algo assim acontecia. Na minha cabeça às vezes ficava incrível, mas quando se tornava real eu percebia que não estava bom. Essa também era uma das razões para eu trabalhar com Jake. Ele me ajudava bastante nessa parte. E por nos conhecermos há tanto tempo, ele tinha a liberdade de me falar quando não achava que o que eu imaginei ficaria bom.

— O que você acha de ciano? Ia combinar com os olhos dela.

— Também ia ser bom para a história. Uma cauda dessa cor – falei apontando para a tela, onde a cauda vermelha se sobressaia. — a tornaria muito vulnerável no oceano. Uma com um tom parecido com da superfície do mar daria a ela uma camuflagem bem melhor.

Antes de você (The Heartbreakers #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora