Antes de você (The Heartbreakers #2)

Capítulo 14

"— Você é uma cabeça dura! – Raider gritou com a fada.
— Melhor ser cabeça dura do que ser uma cabeça vazia como você! – ela gritou de volta. Arden estava ocupado observando, avidamente, tudo o que Meadow fazia enquanto preparava um remédio para Fawn."

— Trilogia Fogo e Aço —

Ivan

Eu pensei que depois da nossa conversa, ela iria parar de fugir de mim. Tínhamos concordado em ver até onde as coisas iriam. Achei que isso significasse que tínhamos dado um passo além.

Claramente eu estava errado.

Desde do almoço que ela teve com as Heartbreakers, eu não a vejo. Eu mandei mensagem, liguei e até fui até a cabana dela. Rainbow me ignorou em todas as vezes.

Se ela queria me rejeitar, iria ter que fazer isso olhando nos meus olhos. Eu não ia deixar que ela me afastasse usando um método tão infantil. Eu me recusava a aceitar esse tipo de comportamento.

Por isso, eu estava aqui novamente. Na porta dela.

Eu bati.

Não importa quanto tempo levasse, eu só iria sair depois que a visse.

Eu bati novamente.

Então eu ouvi. Um lamento. Foi baixo e eu tinha quase certeza que foi algo da minha cabeça.

Outro lamento. Apenas um pouco mais alto.

Era Rainbow.

Minha mente correu por todas as possibilidades. Ela podia estar machucada. Ela precisava de ajuda. Eu bati na porta com mais força.

— Rainbow! – chamei. Ela não respondeu. Meu coração batia rápido no meu peito. — Rainbow!

Tentei abrir a porta, mas estava trancada. E essas portas eram de ótima qualidade. Eu deslocaria meu ombro e quebraria meus braços, mas não conseguiria derruba-la.

Pense, Ivan, pense.

Ela precisa de ajuda.

A varanda.

Eu podia entrar pela varanda. A porta era de vidro. Se eu quebrasse, conseguiria entrar. Desci as escadas correndo e dei a volta na cabana. Subi a escada da varanda, desesperado.

Ela podia ter caído e batido a cabeça. Podia ter se machucado. E se alguém a machucou? Porra, eu deveria ter vindo mais cedo. Orgulho estúpido.

Assim que cheguei ao topo, vi a porta aberta.

Graças a Deus.

A voz dela estava mais alta. Ela estava chorando. Eu podia ouvir seus soluços.

Quando entrei no quarto, eu a vi.

Meu coração se apertou e eu sabia o que estava acontecendo. Eu já tinha tido uma crise de ansiedade antes. Eu podia reconhecer os sinais básicos, mas essa era definitivamente uma crise forte.

A respiração ofegante, o choro desesperado, a necessidade de se encolher, a tensão nos músculos.

— Rainbow. – falei, mas ela nem se moveu. Ela não estava me vendo. Não estava me ouvindo. Na verdade, ela não conseguia perceber que eu estava aqui. Sua cabeça devia estar uma bagunça. — Rainbow. – eu repeti mais alto. — Rainbow. – outra vez. Eu continuaria até ela me olhar. Dei um passo a frente, ainda mantendo alguma distância dela. — Rainbow. – dessa vez, ela ergueu seu rosto. Seu lábio inferior estava tremendo. Seu rosto completamente vermelho. — Rainbow. – falei novamente. Seus olhos estavam em mim. Ela soluçou e se encolheu mais contra a parede.