10.

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Eda


O sol morno do outono invade as janelas de meu quarto na manhã de sábado. Meus olhos ainda estão fechados mas sinto o calor agradável em minhas costas nuas.

Abro os olhos focando devagar a cena e me deparo com as costas de Serkan. Amanhecemos em uma conchinha invertida já que ele está de costas pra mim.

Meu braço direito está abaixo do seu, encostando em seu peito e minha mão está entrelaçada a dele encostada em seu rosto. Meu nariz está a centímetros do ponto entre suas omoplatas onde deposito um beijo suave.

Serkan se move e aperta mais meus dedos entre os dele quando murmura um "bom dia" com a voz rouca.

— Bom dia dorminhoco — passo meu nariz devagar por suas costas e dou mais uma beijo. — tem treino hoje?

— Não… — ele faz menção de se mover e se virar para me encarar mas eu o paro.

— Você tem pintinhas nas costas. — declaro quando desentrelaço nossos dedos e passo a mão — agora livre por suas costas — fazendo arrepios na pele.

— Acho que tenho…

Escoro meu cotovelo no colchão e apoio a cabeça na mão escorada ainda fitando os pontinhos.

— Parece uma constelação.

Ele ri e vira um pouco a cabeça em minha direção. Os olhos ainda sonolentos estão apertados pelo sorriso.

— Você está fazendo poesia com as pintinhas das minhas costas?

Dou de ombros.

— O que posso dizer, sou uma artista afinal!

Ele finalmente se vira e fica de frente para mim colocando o sorriso malicioso no rosto bonito que ele tem.

— O que a sua Eda artista diria da Eda que estava ecoando sacanagens em meus ouvidos ontem a noite?

Dou um soco em seu ombro e ele ri.

— Você é tão babaca!

Ele puxa meu braço me fazendo cair novamente no colchão e se inclina ficando encima de mim, então seu olhar muda quando passa seus olhos do meu rosto para meu colo e então meus seios nus até onde o lençol me cobre, um pouco acima da cintura.

Os olhos cheios de diversão se tornam desejosos e sinto minha pele queimar conforme ele faz sua inspeção.

— Eu não machuquei você? — ele pergunta e eu nego.

— Estou bem Serkan, tá tudo bem — agarro seu rosto entre as mãos e puxo para um beijo.

Ele volta a levantar sua cabeça e passar seus olhos por meu corpo.

— Você tá me deixando envergonhada me olhando assim.

— Eu te vi por muitos ângulos ontem a noite como pode estar envergonhada? — ele franze o cenho e continua — você é tão bonita, eu descobri que adoro admirar seu corpo nu…

Sinto meu rosto esquentar.

— Para com isso cara! — empurro seu ombro mas ele não se move. Enquanto escora seu peso em uma das mãos, a outra passa por meu rosto, descendo até meu pescoço, minha clavícula e pausa entre meus seios.

Fito seu rosto e ele engole em seco.

— Adoro quando me chama de cara! Eu fico mais excitado ainda… — então arranha o espaço — onde sua mão estava pousada — com os dentes, segura um de meus mamilos entre os dedos e eu sinto um formigamento entre minhas pernas ficando cada vez maior.

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