25.

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Oi gente, então eu queria muito que vocês escutassem a música e prestassem atenção na letra (ela encaixa direitinho com aquilo que senti e quis passar pra vocês enquanto escrevia)

Boa leitura ❤️

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Serkan


Eu acho que nunca senti tanta raiva como estou sentindo agora.

Quer dizer, é óbvio que ficava com raiva quando era mais novo e encontrava minha mãe chorando, mas, como eu disse eu era uma criança e não podia fazer muita coisa a respeito. Também não entendia muito bem o que acontecia e minha mãe sempre acabava dando um jeito de colocar panos quentes na situação.

Mas quando virei de onde estava parado conversando com minha avó e meus olhos encontraram a seguinte cena: aquele cara agarrando o braço de Eda, aquele cara a centímetros do rosto dela, aquele cara ameaçando ela e vomitando coisas pra ela. Eu queria ter dado um soco nele, eu queria realmente ter quebrado cada junta de seu corpo de merda. Eu queria explodir aquele indivíduo e livrar o planeta Terra da sua existência.

Entro no chuveiro e tomo o banho mais rápido da minha vida. Ainda estou tão puto que sinto que poderia fazer um buraco na parede com o punho.

Que merda. O que aquele cara tinha que estar aqui? E outra questão que está rondando minha mente, por que meu pai não estava junto com seu bicho de estimação?

Coloco minha cueca, calça de moletom e casaco de moletom mas antes de correr pro hotel devo algumas palavras ao meu time. Volto para o chuveiro onde eles ainda estão tomando o banho no seu tempo, devagar. Pigarreio e todos olham para mim. — Caras, primeiramente nós jogamos com garra lá, obrigado por estarem comigo naquele campo em jogo e depois do jogo, vocês não fazem ideia do quanto é importante pra mim saber que tenho amigos leais além de companheiros de time. Obrigado por estarem lá por mim, por nós.

— Sempre! — Kaan e Engin falam juntos.

Meus olhos queimam. A raiva se mistura com a sensação boa e linda por ter pessoas tão boas ao meu redor, pessoas que tenho certeza, se caso precisar eles vão estar lá por mim. Olho no rosto de cada um e vou em direção a saída. Preciso encontrar Eda.


***


Liguei para minha avó no caminho e ela me disse que Eda quis ficar sozinha, por isso a deixou no quarto. Vou direto para lá.

Quando bato na porta não ouço resposta ou escuto passos. Pego o celular do bolso tento ligar mas uma voz no outro lado da linha diz que o celular está desligado ou fora de área. Merda. Bato de novo.

— Eda. — chamo. — é o Serkan amor, abre pra mim ver você por favor.

Não sei se ela escutou, apoio minha orelha na madeira da porta tentando ouvir algum ruído.

A porta se abre. Finalmente, revelando minha namorada ainda com a roupa que estava usando no jogo, olhos inchados e vermelhos. Meu coração quebra. Ela abre espaço para que eu entre e eu o faço.

Pego suas mãos — frias — nas minhas e a levo até a cama onde nos sentamos. — Eda — procuro por seus olhos mas ela não olha pra mim. — linda. — chamo e levo um dedo até seu queixo para fazê-la me encarar. Ainda existem resquícios de lágrimas não derramadas nos seus belos olhos castanhos e eu queria que Ozan estivesse na minha frente agora mesmo para que pudesse quebrar seus ossos. — Tá tudo bem agora meu amor. — digo, passando os nós dos dedos em sua bochecha. — eu estou aqui, você vai ficar bem.

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