Um Tritão e forçado a conviver com um humano após uma série de eventos desastrosos.
Toca ao humano a difícil tarefa de guardar o segredo do Tritão enquanto cura suas feridas físicas e emocionais.
O perigoso passado do Tritão bufa em seu pescoço...
A cabeça de Izuku estava muito cheia, inclusive dormir não tem sido a coisa mais fácil. O excesso de responsabilidades e o peso delas também eram difíceis. O lado médico e fraternal estavam ligados a todo vapor, deixando o boticário cego para perceber que a primavera tinha chegado ao Tritãozinho, a própria consciência já o havia estapeado e o obrigado a esquecer aquela atração proibida. Era o melhor para os dois. O Sereiano era jovem e suas espécies tinham tempos de vida distintos. Shouto ainda seria um jovem adulto vivendo seus ¼ da idade enquanto Izuku estaria morrendo.
O fato do Tritão ser macho e fêmea ao mesmo tempo não era algo relevante e sim a pessoa que Shouto, era relevante. Conviver cercado de literatura Élfica-Draconiana foi crucial para que o boticário tivesse uma mente elástica.
Dragões que formavam haréns algumas vezes não importavam-se com gênero, preferindo haréns mistos. A ideia de harém soava-lhe horrível, mas a de não importar-se com o gênero sempre pareceu-lhe interessante, apesar de ele próprio nunca tenha sentido atraído por alguém do mesmo sexo até hoje. Era uma ideologia meio que repudia por humanos e imaginava que seria uma linha de pensamento muito mais odiada por Sereianos. Quais as chances do olhos díspares sentir-se enojado com um homem enamorado de sua figura? Era obvio que o ômegazinho estava confuso com sua própria condição dual.
O Sereiano precisava de um irmão e não um depravado atentando contra sua sanidade mental. E ele não precisava daquela culpa em sua alma quando seus dias estivessem chegado ao fim.
Revirou-se na cama de solteiro e ficou de frente para seu paciente deitado na cama junto a dele. As duas camas estavam paralelas e a uma distância muito curta uma da outra. O pequeno estava medicado contra a dor e dormido profundamente. O brilho da lareira acesa permitia-lhe ver o rostinho do garoto, era tão inocente. Os cílios médios e curvos eram tão bicolores quanto as sobrancelhas ou o cabelo. Os pesadelos tinham escasseado, talvez o menino precisava só isso, sentir-se seguro em um lar. Contemplou aquele rosto durante alguns minutos até o sono levá-lo para inconsciência.
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Conforme os dias iam passando Shouto começou a ter uns pequenos episódios de febre que não tinha nada haver com os "ex-ferimentos" de sua cauda. Eram sazonais, normalmente ao anoitecer e acompanhado de dor nos ossos da região da bacia.
Izuku já havia revirado sua mente muitas e muitas vezes em busca de todas possibilidades e suas teorias esbarravam na limitação de conhecer melhor a espécie do paciente. Havia alguém que o ajudaria e que finalmente estava disponível para uma visita. Faria isso, pegaria uma petição e passaria no templo do Deus da justiça e pediria ao clérigo acesso á aqueles antigos livros estrangeiros. Explorar a biblioteca no setor de criaturas fantásticas e......
__Midoriya. Está murmurando de novo.
__P-perdão. - dissolvendo aquela expressão pensativa. Voltando a si e retirando a mão do queixo.
