2) Cotidiano após a colheita

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Era uma floresta densa e no seu âmago mais profundo as árvores conhecidas como Sequoias eram as testemunhas silenciosas de todo tesouro perdido e apodrecido. Estes apodrecidos restos de civilização contavam uma história de decaimento e guerra, quase nada se nota da alegria e vida que ali uma vez existiu em todo seu esplendor e glória mágica.

Os raios dos sol não haviam despontado, a serração segurava o friozinho matutino nos gigantes ramos daquela Sequoia. Era a mais gigantesca e cercada por um denso muro de espinhos cruéis e intransponíveis, mal podia-se ver um pontinho peludo entre as folhas do topo.

Estavam enroscados em um coberto de pelos. A cabeça albina de cabelos brancos neve estava enterrada no peito moreno. A cabeça morena estava parcialmente coberta para evitar a claridade e aconchegada sobre as medianas mechas brancas do outro corpo.

Um brilho incômodo o despertou, moveu sua cabeça e recebeu uma pequena queixa do corpo contrário.

__Hum? - confusa.

__Amor? Bom dia - com voz melodiosa

__Hum?.... Oi..... - percebeu o mau-humor matutino típico de sua parceira e sorriu.

< Graciosa > - com ternura.

__Hummff!... - a viu espreguiçar-se como um gato.

__Desculpe, Amor. Olha aqui... Temos um sinal - comentou com sua típica energia e alegria. Recebeu um som gutural afirmativo de resposta.

__Uhum !...Daqui a pouco. - foi puxado e esmagado em um abraço firme.

__Uwah.... A-amor... Precisamos levantar, tomar café e-e... humff.... - foi calado por um beijo lento e preguiçoso

__Docinho... - um beijo breve - __Vamos recolher nossas coisas primeiro..... Pelos Deuses! Parece que fui atropelada por uma carroça. - espreguiçou-se mais uma vez.

__Eu arrumo as coisas e você cuida da localização. - propôs o outro enquanto ela examinou o brilho fosco emitido pela pedra em formato de orbe preso à sua cintura.

__O sinal está muito fraco... humff... Vou precisar de uma magia para aumentar o efeito... Vai dar trabalho. - comentou com um sorriso torto e liberou o outro do agarre e dispuseram-se as suas tarefas.

 - comentou com um sorriso torto e liberou o outro do agarre e dispuseram-se as suas tarefas

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A milhares de quilômetros dali, naquele mesmo continente.

Uma vilazinha agrícola desse continente, na noite anterior houve uma festa da colheita. Os moradores comeram, dançaram e cantaram até tarde e não havia pressa hoje, pois era um raro dia de folga dado por seus senhores, então ninguém utilizaria o casebre de pesca junto ao rio próximo da vila.

A luz do sol refletia-se altaneira nas águas calmas de um largo rio. As madeiras do casebre flutuante começaram a ranger, pois o calor do sol expandia suas fibras.

Tritão e Sangue - DekuTodoOnde histórias criam vida. Descubra agora