CTC: Atividade / As fundações da guerra

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Logo após passaram em uma loja da qual Shouto realmente não gostou. O lugar cheirava óleo, ferrugem e metal e o que mais detestou foi o cheiro da humana de cabelos rosas. É como se ela estivesse segregando nuvens de algum tipo de atrativo.

E com uma satisfação que não alcançou seus lábios, viu como Midoriya desviava das investidas da mulher. Humanos definitivamente eram abusados. E chegou até mesmo surpreender-se com a cara pálida e amarga que Hatsune, a ferreira, ficou quando Midoriya retirou e pagou suas encomendas enquanto o chamava docemente por seu nome falso. "Carinho". Saíram do lugar juntos e unido pelos cotovelos carregando um embornal de peças de metal.

Depois, passaram rapidamente através da enorme construção. Era um tipo de templo. Shouto não reconhecia o estilo. Sereianos cultuavam o deus lua Tamaki e o Deus sol Mirio ignorando a deusa da vida e odiando a divindade da justiça.

Havia um Dragão dourado esculpido na grande porta de madeira pela qual passaram. Era o templo do Deus da justiça, o grande Dragão Dourado, All Might. A divindade que segundo os Sereianos como Endeavor, pregavam que teria ferrado todos seres mágicos. O responsável pela queda. O que não matou e dominou os humanos invasores que vieram enfrentá-lo em seu território. O que permitiu que a terra ficasse encharcada de sangue e chuva de sal.

Apesar de ter recebido alguma educação teológica em seu povo, não acreditou muito na versão da guerra e ascensão da divindade contada por seu povo. As "tábuas" de pedra mais velhas na biblioteca diziam que Dracônia era um reino maravilhoso que uniu Dragões e Elfos em um único povo e que Entes e Faes juntaram seus territórios ao grande Dragão pela justiça e valores expressados pelo mesmo, fazendo com que muitos Sereianos e outras espécies mágicas migrassem para aquela terra. Se All Might era um líder tão nobre assim, era meio que impossível que deixasse humanos invejosos massacrar a população mágica do nada. Devia perguntar a versão humana da "Grande separação" à Midoriya. Ele era devoto do Deus da justiça e pela grande construção bem arrumada, limpa e ordenada, o local era frequentado pelos humanos de forma assídua. Era estranho que cultuassem alguém que levou a magia embora.

Os monges e monjas deram passagem aos dois. Uma abadessa de passagem os levou até o interior do local. Era uma grande biblioteca com livros e pergaminhos. Estranhamente o local não cheirava mofo ou poeira. Uma grande rosácea de vidro com a imagem de um Dragão dourado adornava o enorme teto e permitia a passagem da luz aos três níveis da biblioteca. Era um grande salão com mesas, bancos e cadeiras. Sobre as mesas haviam luminárias em formato de flores com pedras de fogos no centro. Era um local tranquilo e acolhedor onde uns quantos humanos estavam sentados lendo e fazendo anotações submergidos em um profundo silêncio.

Chegaram a uma grande escrivaninha feita de ébano. Um senhorzinho pequeno, enrugado e com a pele manchada pela idade os atendeu.

__ Boa tarde, Gran Torino-san. - falando baixinho.

__Quem é você? - fazendo-se o de desentendido.

__Uh... Por favor Abade isso não tem mais graça. Sou eu Izuku Midoriya.

__Nunca perde a graça jovem protegido dos Yoarashi, então, o que os trazem aqui? - tinha um pequeno sorriso. - __Boa tarde mocinha.

"Boa tarde" - Sorahiko reconheceu imediatamente a linguagem de sinais.

__Uma das serventas da senhorita Yoarashi-san?

__Na verdade, não. É uma paciente minha. Esta é Carinho Shou e estou mostrando a ela o centro.

__A biblioteca real da Ordem Dourada não é lugar de passear, garoto. - usando um leve tom de bronca.

__Desculpa, não era minha intenção. Precisava entregar-lhe um pedido de permissão de consulta. - retirando a carta selada e lacrada com o brasão dos Yaoyorozu Yoarashi e oferecendo ao senhor. - __Por favor, Gran Torino-san é para uma pesquisa importante.

Tritão e Sangue - DekuTodoOnde histórias criam vida. Descubra agora