Um Tritão e forçado a conviver com um humano após uma série de eventos desastrosos.
Toca ao humano a difícil tarefa de guardar o segredo do Tritão enquanto cura suas feridas físicas e emocionais.
O perigoso passado do Tritão bufa em seu pescoço...
Ouviu sua irmã soltar um grunhido exasperado e bater a maldita porta do escritório. Uma de suas orelhas estava “pegando fogo”. Inasa sabia que tinha feito merda e tacado nos outros, como um macaco raivoso faria. Soube na mesma hora que a mulher sisuda de olhar díspar ficou ruborizada.
Momo bateu a porta por acidente e grunhiu irritada, estava muito desgostosa. Pôs a mão cobrindo o rosto consternara, cobrindo os olhos e abaixando a cabeça em um silêncio sentido, recusando-se acreditar naquela cena.
O pesado silêncio incômodo fez o ambiente ficar mais tenso.
Momo desfez a posição cabisbaixa e depois encarou seu irmão mais velho com irritação genuína, suas mãos começaram a mover-se de maneira brusca, tomando forma de palavras repreensivas.
“Inasa! Inasa! I-NA-SA! Pelo amor dos deuses! O que foi aquilo na sala?! Você perdeu a noção? Como pode tratar daquele jeito a coitada da menina?”
O extrator abaixou a cabeça envergonhado.
__Eu perdi a cabeça... Eu só queria proteger Izuku... Eu.. Eu só queria... Porra! – fechou os olhos e esfregou os curtos cabelos com frustração.
Yaomomo foi até o irmão e agarrou uma das orelhas, puxou e soltou.
__Ai! Isto dói! Momo!
“A menina não tem culpa por todos interesseiros que tentaram fazer mal a nossa família. A coitada da menina era carga de navio escravagista. Você não pode ofender a honra de uma pessoa inocente assim. Você foi grosseiro!” - pôs a mão na testa novamente e bufou.
“Estou tão, tão decepcionada com você. Como você pôde? Você esqueceu de onde nossos bisavós vieram? Você esqueceu da história de sofrimento de nossos descendentes? Nós temos sangue de refugiados em nossas veias!”
__Mo-chan, eu tenho motivo para não querer ela perto de Izuku. Não achei registros dela no navio contrabandista.
“E isso é motivo para tratá-la como escória?”
__Eu pedi desculpas. – em voz baixa. Inasa estava com a expressão entre chateada e birrenta e não conseguia manter o olhar fixo na irmã até ver pelo canto do olho como ela continuava o diálogo um pouco mais calma.
“Sim, você pediu e vai pedir desculpas de novo, depois que eu contornar a lambança que você fez. Como você vai encarar Izuku depois disso? Ele está gostando de verdade daquela menina. ”
__Ela não é uma menina. É uma mulher que pode ser uma lambisgoia interesseira, feito aquela outra.
“Izuku é adulto agora, sabe virar-se melhor que você. Ele tem direito de encontrar uma companheira”
__Hunff!.... Eu sei.... Arg! – Inasa procurou um dos sofás e sentou-se.
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