30) CTC: Acordo triplo.

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Sala de jantar do casarão Bakugou. Duas famílias e um boticário reunindo-se em convivência.

__Filho, come um pouco mais. Você correu o dia inteiro. – observou Kazuma Yoarashi.

Mitsuki, finamente vestida, sorriu com ar de presunção para os pais do garotinho de cabelos negros e depois enfocou-se no próprio garoto e falou com segurança: __Seu menino deve ter ficado bem cansado de tanto desfrutar da companhia de seu novo amigo hoje. Posso dispensar Katsuki das aulas de equitação amanhã e vocês poderão brincar o dia todo.

 Inasa olhou assustado para o pai e fez que “não” com ansiedade.

 O enorme homem de cabelos negros com alguns pontos grisalhos dispontando, franziu a testa com estranheza, mantendo o olhar fixo em seu pequeno.

  __O que aconteceu Inasa? Fizeram alguma travessura? Se vocês fizeram é melhor contar.

  __Garotos fazem muita bagunça, marques. É um sinal que são sadios e fortes. – diminuiu o barão.

  __Desculpe barão Masaru, mas não permito Inasa e Momo façam “travessuras” e nem mintam para mim. Admitir os erros e ser honesto é uma qualidade muito importante em minha família.

Mitsuki e Masaru olharam para o filho. Mitsuki tinha um olhar inquisidor e Masaru um olhar que expressava confusão.

  __Não aconteceu nada com esse puto medroso. Ele só ficou seguindo a nossa turma que nem pata choca. – protestou indignado.

  __Katsuki! – advertiu a mãe.

  __Conte Inasa. – pronunciou seguro, com seu vozeirão grave. Nem se quer importou-se com uma suposta gafe.

  Masaru só queria aquela gente fora de suas terras, sem nenhuma confusão, como a que se quer imaginava ver em alguns instantes.

  __Ele encheu um balde de cocô de vaca com água e jogou na roupa do varal. E bateu no menino que veio reclamar.

 __Você participou?

 Mitsuku estava com um olhar intenso no filho, o suficiente para acuar o menino loiro.

 Katsuki estava com uma careta emburrada.

 __Não, eu juro papai.

 Masaru procurava as palavras para contornar a situação, quando ia falar algo, sua esposa passou na frente.

 __Marques, meninos brigam com regularidade e se não rasparem os joelhos de vez quando, nunca vão saber defender-se na vida. – argumentou Mitsuki.

  A marquesa Rika apenas observava de forma neutra. Ela também pensava muito similar aos Bakugou, por que seus ancestrais também descendentes da Terra da fogo. Meninos deviam ser educados como homem, valentes, fortes e deveriam saber bater bem para não apanhar na rua; infelizmente, o homem ao qual foi destinada era um simplório sentimental que seguia as tradições da Ponta da faca. Quem tinha as rédeas da educação dos filhos era seu marido, então que peitasse as dificuldades sozinho.

  O homem grandalhão ignorou a mulher loira e continuou fitando seu filho. - __Existe mais alguma coisa que fizeram?

  __Eu tentei fazer eles pararem de bater no menino.

  __E?... Eles bateram em você?

  __Eu não bati nesse bebê chorão! – protestou o menino loiro. - __Ai!! Não belisca velha ressecada! – elevou a voz, irritado com a mãe.

  __Já basta. Levo-o Mitsuki. – ordenou Masaru.

  Ofendida, a mulher puxou o menino com rudeza pelo braço e o levou em direção aos quartos da casa, furiosa a passos pesados. Mãe e filho gritando insultos entre si.

Tritão e Sangue - DekuTodoOnde histórias criam vida. Descubra agora