3) Ameaça no horizonte

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   Sentiu o dedo frio e incômodo da manhã cutucando-lhe o corpo. O dia ainda não havia clareado. Sem abrir os olhos estendeu sua mão em busca do corpo contrário. Piscou diversas vezes com preguiça tentando focar sua vista embaçada pelo sono. Estava sozinho na cama. Trocou-se e quando saiu para cozinha em busca de preparar café da manhã, já o encontrou sobre a mesa.

   __Bom dia, Carinho-chan! Pode comer todo o mingau. - Shouto ergueu a mão em uma saudação silenciosa, aproximou-se e deu-lhe um beijinho na bochecha, de alguma forma a mãe de Izuku o havia adotado e o tratava como um filho, filha?
Tinham uma excelente relação. A adorável mulher o acolheu de todo o coração e o ensinou todas tarefas do lar. Foi uma das pessoas que o ensinou á atuar como mulher casada, algo essencial para sua nova vida, este disfarce havia tornado-se seu estilo de vida.

   Inko era uma pessoa preciosa e tão fundamental como Izuku foi em seu processo lento de reabilitação emocional, ainda havia muito que trabalhar nas interações sociais. Bem os dois Midoriyas de seu coração encarregavam-se de integrá-lo e protegê-lo. O calor de um lar com pessoas que amam-se, que não tem medo umas das outras, que não escondem-se umas das outras.

   Puxou a manga da roupa de Inko. Chamando a atenção dela á seus dedos inquietos.

   __Izuku? Quer saber onde ele está? Ele foi carregar as carroças com as sacas da colheita. Hoje, todos os homens tinham que ajudar. - soltou uma risadinha - __Ele teve pena de acordar você, por isso saiu bem de fininho no meio da madrugada.

  O Tritão desviou o olhar, estava levemente ruborizado.

   __Aw~! Querida, vocês formam um casal tão lindo! É natural que ele preocupe-se com esses detalhes. - a diminuta mulher, com a ajuda de um pano, retirou uma forma repleta de pães da grade superior da chaminé acessa.

   Apreciou o cheiro indecente de pão recém assado enquanto comia seu mingau de aveia. Comeu duas goiabas e levantou-se para lavar a louça que utilizou.

   __Querida, Eu fiz uma lista das coisas que vamos comprar na cidade. Gostaria que revisasse até a noite, talvez tenha esquecido algo. - estava prendendo os próprios cabelos verdes em um coque e em seguida pôs o lenço.

   "Sim, reviso"

   Shouto guardou os pães em uma canastra sobre a mesa e imitou sua sogra prendendo os cabelos bicolores e juntas fecharam a casa e foram para cozinha do casarão trabalhar.

   Por sua vez os homens da vila estavam acomodando as sacas. Repassando entre si o mais ágil possível. Hanta, Rikido, Masahiro, Mezou e o próprio Izuku estavam cada um em cima de carroça acomodando as pesadas sacas. Haviam começado o trabalho as 4:30 da manhã.

    Quando a hora acordada chegou, Izuku teve que dirigir-se ao casarão.
Foi recebido por uma das serventas e levado ao escritório. Barão Bakugou já o esperava sentado de trás do escritório de madeira.

   __Bom dia, Barão Bakugou, em que posso servir o senhor?

   __Bom dia, Midoriya. Sente-se e tome nota, aos negócios! Li o inventário da colheita. Atingimos um pico de produção muito bom. As carroças partem hoje e você com elas. Receba o pagamento e pague os impostos em seguida. - Masaru, o senhor de bigodes tinham uma expressão calma.

   __Barão, desculpe e sobre as compras do casarão e dos colonos? Por favor, devo fazer o de sempre?

   __Sobre isso....

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Tritão e Sangue - DekuTodoOnde histórias criam vida. Descubra agora