86• Conseguimos.

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Henrique

Ver Bianca desfalecia naquela cama de hospital me causava arrepios e sensações das piores possíveis, mas era necessário.

Depois que Bianca falou com o meu pai ela claramente ficou abalada e com medo, jamais iria admitir isso para mim, mas eu a conhecia bem para saber que as coisas não estavam certas.

A ideia de ligar para Sebastian parecia perfeita para aquele momento, eu tinha que fazer alguma coisa.

Seb topou na mesma hora quando expliquei o perigo que Bianca estava correndo, Daniel ainda estava correndo atrás de um mandato de prisão preventiva e eu não confiava que ele conseguiria um, não podia arriscar a minha família dessa forma, então eu faria o que fosse preciso.

- Ela vai me matar quando acordar. - Disse Sebastian.

- Entra na lista. - Declarei olhando para o rosto passível da minha noiva. Sebastian arqueou as sobrancelhas.

- O que foi? - Perguntei preocupado.

- Nada, acho que essa máquina está velha. - Disse Seb rindo ao apontar para o monitor cardíaco de Bianca e do bebê.

- Sebastian...- Comecei. Mas quando ele ia falar seu aparelho na cintura notificou um Bipi.

- Depois te explico, seu pai chegou. - Disse Sebastian. Engoli a seco criando coragem para o encarar.

Sai do quarto e andei corredor a fora, eu sabia exatamente o que dizer e o que fazer, isso terminaria agora. Encontrei meu pai na entrada posterior do hospital.

- Henrique. - Meu pai disse com um aceno.

- Precisamos conversar. - Declarei.

- Primeiro quero ver o meu neto. - Disse ele passando por mim.

- Bianca não está aqui. - Eu disse o fazendo parar.

- Como? Por que não? - Questionou. Apontei para o lado de fora quando algumas pessoas começaram a nos encarar pelo tom de voz do meu pai.

- Me explica essa história agora! - Meu pai caminhou nervoso pelo estacionamento.

- Ela não sabe de nada, a enganei para não vir aqui. Eu quero falar com você. - Eu disse.

- Garoto...Eu até cogitei a hipótese de falar com você, mas aquela empregadinha já deve ter falado tudo e feito sua cabeça! então...o que eu posso fazer ? Não estou nem um pouco afim de escutar a suas lamentações! Você sempre foi o mais sentimental da família, covarde e um fraco!- Exclamou ele fazendo a ira subir pelo meu corpo.

- Eu não preciso ouvir o que tem para dizer! acho melhor você confessar logo de vez seus crimes assassino! Essas suas palavras sujas não me atingem! - Declarei com raiva.

- Você nem sequer quis entender o lado do seu pai não é ? Nem se quer quis ouvir o homem que esteve ao seu lado todo esse tempo? - Perguntou ele fingindo estar abalado.

- Você a matou cretino! Não existe justificativa! - Exclamei com raiva.

- Margot? Não faz falta a ninguém, carregava aquele vermezinho na barriga! Trouxa foi você que chorou por 4 anos por alguém que nem era seu filho! - Cuspiu ele.

- Você sabia? - O questionou. Meu pai abriu um sorriso sujo.

- Daniel me contou, ele sempre soube, e seu desespero em ter Margot e ter a minha atenção fez com que ele fizesse exatamente o que eu mandei. - Disse ele rindo.

- O que está querendo dizer com isso?

- Daniel sabia que você dirigia o carro de Margot, ele soube causar um briga entre vocês, ele sabia que você sairia de carro a mil por hora. - Disse ele me deixando em choque.

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