19° Respondi sua pergunta?

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Henrique

Acordei aquela manhã em meio ao caos que estava meu apartamento, haviam coisas quebradas e jogadas por toda parte. Xinguei ao me levantar do sofá e sentir as dores em meu corpo, peguei meu celular e haviam centenas de chamadas de Caleb, o ignorei. Era tudo culpa dele.

Depois do dia em que beijei Bianca e Caleb apareceu aqui, o que ele me disse vagou por um bom tempo em minha mente, talvez eu pudesse mesmo seguir em frente, pensei. Eu ja não aguentava mais viver dessa maneira, por mais que eu sentisse no fundo da minha alma que eu era o único culpado pela morte de Margot eu não queria mais essa dor dentro de mim, e de algum jeito estranho e peculiar, com Bianca eu não sentia nada disso.

Não podia negar que quando estava com ela uma força fora do comum me puxava ao seu encontro, e até então eu abominava isso, mas Caleb me encheu de bobagens e fez com que eu fosse até Bianca, com uma necessidade incontrolável em saber se ela sentia a mesma coisa que eu.
Eu achava que talvez fosse só atração física, algo relacionado sobre já termos dormindo juntos, mas lá no fundo eu sabia que não era isso, nem de longe.

Aquela noite em que Bianca dormiu em minha cama era prova que havia algo de diferente em mim, e eu precisava saber o que ela sentia a respeito. Mas Bianca se fez totalmente diferente do que eu esperava, achava que ela diria que também se sentia como eu, porque era óbvio que sim! Ela me olhava com desejo, reagia aos meus toques, retribuirá meu beijo! O que deu nela para me afastar daquele jeito?
Eu já não queria ter ido atrás de Bianca, sentia meu peito queimar ao saber que eu estava indo atrás de outra mulher, sabia que eu não devia fazer aquilo!
Fui pressionando por Caleb e ainda levei um pé na bunda. Ótimo, eu me sentia muito melhor.

Fui tomar um banho para logo depois ir até meu pai, eu já não aguentava mais viver aqui, precisava me mudar e para bem longe dessa vez.

Assim que sai de meu apartamento, dei de cara com Sebastian, ele vestia roupas de hospital e eu suspeitava de que estava voltando agora de algum plantão, minha careta foi inevitável ao vê - lo.
Ele me ajudará com Bianca eu tinha que admitir, mas ainda não ia muito com a cara dele, principalmente por ontem quando interrompeu Bianca, talvez as coisas não tivessem saido tão ruins se eu tivesse conversado com ela antes de Sebastian enche - lá de besteiras que com certeza havia feito. O homem menor do que eu mandou - me um cumprimento de cabeça, fiz o mesmo só por educação, mas tinha certeza que minha expressão não era nada simpática.

Fechei minha porta e segui o corredor até o elevador e antes que eu apertasse o botão, uma mão alcançou meu ombro. Quando me virei Sebastian me encarava.

- Posso falar com você? - Perguntou. Exitei, o que ele queria comigo? Mas então Bianca surgiu em minha mente, e talvez ele tivesse algo para me falar. Senti uma empolgação crescer em meu peito, mas logo me lembrei do que Bianca havia me dito.

- Do que se trata? - Questionei. Sebastian respirou fundo.

- Muita coisa. Você está atrasado para algo? - Perguntou. O encarei intrigado, o que diabos significa esse " muita coisa"?

- Não... - Eu disse ainda pensando seriamente no que Sebastian queria comigo, mas minha curiosidade não deixou com que eu o deixasse ir. - Vamos ao meu apartamento. - Conclui por fim.

Sebastian me segui até que entrássemos em minha casa, o ofereci para que sentasse e então, a sua frente eu esperei que ele começasse.

- Sei que pode parecer estranho eu estar aqui e é mesmo! Mas se tiver preocupado Bianca não sabe de nada. - Disse ele. Engoli a seco, então a conversa era sobre Bianca.

- Tudo bem. - Eu disse após um pigarro.

- Henrique, eu sei porque é assim. - Declarou Sebastian fazendo com que eu franzisse o cenho.

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