74° A dor maior do mundo.

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Enquanto o carro que eu estava corria, minha mente viajava na briga que eu havia tido com Henrique. Encarava meu anel de noivado e sentia uma dor enorme em meu peito, apesar do alívio em ter me livrado daquele desgraçado do meu primo eu ainda tinha a sensação de que havia perdido a luta. Uma lágrima solitária escorreu lembrando dos melhores momentos ao lado de Henrique e me fez pensar que por um estante eu nunca mais veria seu sorriso iluminar minhas manhãs e eu teria perdido tudo isso, e ainda pior...Henrique não lidaria com uma segunda perda em sua vida.

Enquanto rodava o anel entre meus dedos imaginava se ficaríamos bem, Henrique não me entendia e eu não conseguia compreender porque era tão difícil para que ele entendesse que o que eu fiz era preciso.

Eu estava em um conflito interno, imaginava o seu desespero em saber o que estava acontecendo e não poder fazer nada, se fosse eu em seu lugar também ficaria naquele estado, mas eu não conseguia me imaginar sem fazer nada para ajudar meus pais, eu sabia que eu poderia morrer mas Luiz Carlos era um mau maior!

Eu realmente não sabia como poderia me reconciliar com Henrique, o que eu poderia fazer já que havia um impasse nos separando. Sem nenhuma solução  suspirei profundamente.

- Você está bem Bianca? - Perguntou Augusto que dirigia até o Hospital. Daniel preferiu ficar com Henrique e resolver tudo o que fosse burocracia, enquanto isso Augusto se ofereceu para me levar até meus pais.

- Estou sim, como eu não poderia estar não é? - Eu disse abrindo um sorriso falso.

- Você está encarando esse anel já faz um tempo, aconteceu alguma coisa com Henrique lá na ambulância? - Perguntou. Repsirei fundo antes de falar.

- Fica tranquilo, está tudo bem comigo e com Henrique,  minha preocupação agora são os meus pais. - Eu disse e Augusto entendeu.

Quando chegamos no hospital rapidamente me disseram onde estavam meus pais, afinal toda aquela situação já havia percorrido toda a cidade, e todos naquele hospital sabiam quem era eu, meu primo e os meus pais. Assim que soube que  meu pai já havia sido avaliado pelo médico, me disseram onde ele estava com a minha mãe, ela ainda estava na enfermaria por conta de seu estado de choque quando chegou, os médicos decidiram deixá- lá em observação.

Assim que vi meu pai,corri para abraça- lo.

- Ah minha filha, graças a deus você está bem! - Exclamou me abraçando com força.

- Luiz Carlos nunca mais vai nos perturbar de novo. - Eu disse.

- Ele chegou tão de repente e estava fora de si, o que aconteceu com ele Bianca? - Perguntou meu pai sem entender nada. Respirei fundo, eu precisa contar tudo.

- Cadê a mamãe? Eu vou explicar tudo para vocês. - Declarei. Meu pai assentiu e me levou até a onde minha mãe estava.

- Mãe...- Meus olhos encheram d'água assim que a vi deitada na cama de hospital, seu sorriso acolhedor fez meu coração explodir, estava tão grata por ela estar bem que eu não conseguia conter isso dentro de mim.

- Estou bem minha filha, estou bem meu amor. - Disse minha mãe enquanto retruibuia o abraço forte.

- E como você conseguiu sair de lá? O que houve com você? - Perguntou minha mãe tocando no meu ferimento na cabeça.

- Eu...

- Desmaiou e bateu com a cabeça enquanto rendiamos Luiz Carlos. - Henrique apareceu atrás do meu pai me deixando surpresa.

- Disseram que você quase levou um tiro, então não era verdade? - Perguntou minha mãe preocupada.

- Fica tranquila Alice, o detetive Renato a salvou. - Disse ele.

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