50° Noite estranha.

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Henrique.

1 mês. 30 fodidos dias haviam se passado.

Depois que Bianca descobriu que eu havia pagado a fiança de Luiz Carlos e saiu pela porta do meu apartamento, eu nunca mais a vi. E não foi por falta de tentativas.

Todos os dias que eu me lembro liguei para seu celular, para Helena, Caleb e até para Sebastian e nada de resposta. Caleb dizia não saber de nada, Helena não queria quebrar a confiança da amiga e pediu para que eu não a envolvesse nisso, acabei descobrindo que Lena também sabia do segredo de Bianca. O único que não me retornou foi Sebastian, nenhuma ligação, nenhuma mensagem...nada, definitivamente nada! Imaginava que Bianca estivesse morando com ele.

Depois de muitas tentativas frustradas minhas esperanças foram ficando cada vez mais e mais frias, eu sabia que tinha feito merda, muito merda, mas eu a amo e queria que resolvêssemos isso, me sinto vazio e sem vida, parecido quando Margot morreu mas um pouco mais pior...inacreditavelmente pior. Eu precisava de Bianca muito mais do que pensava, ela era como oxigénio, essencial para que eu sobrevivesse, e não te - la dilacerava meu coração. Hugo me ajudou bastante com isso, se não fosse ele eu provavelmente teria voltado a ser alcoólatra, já que meu primeiro pensamento foi comprar uma garrafa de whisky depois de algumas horas chorando aos prantos pelo o que eu havia feito naquele dia.
Hugo não pode me impedir da primeira garrafa mas preveniu que eu não partisse para a próxima, e todos os dias repetia que se eu não fosse alguém melhor para mim mesmo eu nunca seria alguém melhor para Bianca, e isso me incentivava a me manter sóbrio.

Outra coisa que me mantinha sóbrio era minha investigação com as informações que Luiz Carlos me deu, o desgraçado ainda me ligou uma outra vez para me extorquir um pouco mais, eu sabia que se não parasse ele continuaria, então dei um basta dizendo que não queria mais saber de suas ligações, que já havia causado muitos estragos e que o queria longe da minha vida, felizmente ele parou de me procurar. Então eu comecei uma investigação por conta própria e já tinha obtido muito sucesso, porém coisas ainda precisam ser descobertas e eu estava em um impasse, por onde eu deveria procurar?

Os laudos da Polícia me ajudaram a encontrar em qual delegacia haviam sido feitos e quem foi que o assinou, mas até agora o cara era um fantasma, ninguém sabia sobre ele, mas eu tinha uma intuição, eu tinha que olhar aquela situação com outros olhos, só não sabia como.

- Você como chefe deveria ser o primeiro a sair e não o último. - Ergui os olhos desviando da tela do computador e encarei a loira de olhos azuis adentrando minha sala.

- Oi Bruna. - Declarei lhe abrindo um sorriso e desligando o computador.

Bruna também havia me ajudado ao extremo com as coisas referentes a impressa, por mais que fosse só uma das modelos meu pai confiava quase tudo nela, se não tudo, Bruna era como uma filha para ele.

- Então...? - Perguntou se aproximando.

- Está pensando em fazer o que? Não estou afim de outra refeição de fast food essa semana. - Declarei levantando - me.

- Eu pensei em a gente fazer uma coisa diferente hoje. - Disse ela me mandando uma piscadela.

- Sorte sua que eu confio em você. O que tem em mente?

Bruna quase todos os dias ou no almoço ou no jantar me convidava para lhe acompanhar, como virou rotina acabei sendo sua companhia fixa e vice versa.

Pegamos o carro e seu motorista nos levou para um bairro bastante movimentado onde haviam vários restaurantes beirando a rua. O carro parou em frente à um restaurante árabe.

- Sério? Árabe? - Questionei fazendo careta.

- Você vai ver como vai se surpreender. - Disse para mim.

Ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora