Capítulo 24

104 11 0
                                    

Capítulo 24

A melodia que pairava por aquele luxuoso quarto de hotel era o som da água do chuveiro batendo sobre a pele branca e macia de Victor.
Deitado na cama, com os braços cruzados sob a cabeça, Ivan observava o teto,  sentia-se  devorado pelo desejo de possuir o seu amado, que se banhava no  banheiro ao lado.
A chama da paixão queimava no seu corpo, fazendo o seu pênis se enrijecer, imaginando penetrar dentro do orifício apertado do homem que ama.
Levantou de imediato. Não deixaria escapar a oportunidade de fazê-lo seu debaixo das águas mornas daquele chuveiro. Libertou-se das roupas e sapatos. Ficando completamente nu, acariciou o pênis, tocando nos lábios imaginando eles sendo beijados pela boca macia e rosada do menino loiro que se apossou do seu coração.
Victor ouviu a porta do box se abrir lentamente, revelando a imagem de Ivan nu, com o pênis ereto pronto para levavá-lo ao auge do prazer.
_ Você veio tomar banho comigo?_ A pergunta veio com um sorriso malicioso e uma piscada de olho. Deu uma leve mordidinha no lábio inferior, deixando Ivan completamente ao mercê dos suas vontades.
_ Se toque pra mim.
Victor mudou de posição ficando de lado para Ivan. Deslizou o sabonete sobre o seu corpo delegado e alvo. Ivan invejou o sabonete, que percorria a cada parte do menino, começando pelo pescoço, descendo pelos mamilos, indo de um lado para outro no tórax, fazendo movimentos circulares pela barriga, até chegar no pênis e testículos.
Para provocar ainda mais o amante, Victor gemia enquanto se masturbava sem largar o sabonete. Olhava para Ivan de um jeito angelical, fazendo um contraste delicioso de luxúria e santidade.
Com alguns passos dados, Ivan entrou no box fechando a porta por trás de si. Puxou o amado para os seus braços, segurando o seu queixo com uma mão e com a outra, deslizava os dedos sobres os lábios de Victor, que fechava os olhos se deliciando com o toque do amado.
O loiro sentiu a língua de Ivan invadir a sua boca. As águas molhavam aqueles corpos quentes e sedentos um do outro.
Com a mão boa, Victor procurou o seu objeto de desejo e iniciou uma masturbação, levando Ivan à loucura. Com o outro braço, envolveu o pescoço do empresário, jogando o sabonete no chão, aproveitando cada momento daquele beijo molhado e delicioso.
Ivan interrompe o beijo e por alguns segundos, seus olhos se encontram em perfeita sintonia. Através deles, ambos expressam seus desejos e  carinho um pelo outro.
_ Obrigado por me fazer feliz, Ivan. Eu não sei o que seria de mim se você não tivesse entrado na minha vida. Eu acho que não suportaria a tristeza por tudo que me aconteceu.
Ivan acariciou o rosto do menino. Estava tão apaixonado e feliz pôr tê-lo, que o medo o assombrou novamente.
_ Te fazer feliz é o meu objetivo de vida. Você não tem noção do bem que me faz, meu solzinho.
Os lábios voltaram a se beijar, fortalecendo ainda mais o amor que sentiam um pelo outro.
Delicadamente, Ivan pôs Victor encostado com o peito na porta do box, ficando com as mãos apoiadas no vidro. Beijava a nuca do loiro, acariciando a sua bunda.
Sentindo as pernas moles, Victor as abre para facilitar a entrada do seu objeto de desejo dentro de si.
Segurando firme nos quadris do menino, Ivan penetra aos poucos, provocando gemidos.
O movimento se inicia. A princípio, lento para não machucar o menino. Aos poucos vai acelerando e o barulho dos seus quadris se chocando ecoa pelo ambiente. A mão de Ivan procura pelo pênis de Victor, masturba o menino, que fica ainda mais excitando.
Em meio ao tesão ardendo em seus corpos, gemidos, gritos e respirações ofegantes compõem a melodia do ambiente.  Líquidos quentes e leitosos são despejados dos seus pênis.
Victor sentiu um líquido  quentinho dentro do seu ânus e sorriu com a sensação prazerosa. Já Ivan limpava a mão sobre o ombro do loiro, sugando-o em seguida.
_ Se eu pudesse morava dentro desse cuzinho gostoso  pro resto da vida.
Victor virou para frente, pondo as duas mãos no pescoço de Ivan. Sorrindo, sussurrou ao pé do ouvido:
_ Esse cuzinho é todo seu. Assim como essa piroca é toda minha.
Seguido das palavras, veio uma mordidinha leve na orelha. Tomando pelo tesão e tendo os pelos do seu corpo arrepiados, Ivan o beija novamente.

"Bom dia, solzinho." Com essas palavras, ao som da voz de Ivan, seguido de um beijo no rosto, Victor foi despertado.
Ainda sonolento, esfregou os olhos e gemeu, se acomodando nas cobertas.
Sentiu a mão macia do empresários percorrer o seu corpo nu, parando nas nádegas e penetrando o dedo no seu ânus.
_ Isso é covardia. Me deixe dormir.
O loiro sorriu, cobrindo a cabeça com o travesseiro, deixando Ivan encantado com a sua preguiça.
Ivan retirou o lençol de Victor, revelando o seu corpo nu. A boca encontrou as costas do menino e a beijou, em seguida deslizando a língua. Victor gargalhava com a cosquinha que sentia. Retirou o travesseiro e jogou no namorado.
_ Você está sendo muito malvado comigo.
_ Que injustiça da sua parte. A culpa é sua de dormir tão lindo. Olha como você deixou o garoto.
Ivan pôs a mão de Victor sobre o seu pênis duro como barra de ferro.
_ Covarde!
_ Você adora.
_ E ainda é convencido! Sorte sua que você é lindo _ Victor o beija_ e delicioso.
_ Sorte sua. Porque é você quem desfruta.
_ Desfruto mesmo. E espero que seja só eu. _ Victor deslizava o dedo sobre o peito de Ivan.
_ Hum, quer dizer que o meu solzinho é ciumentinho?
_ Digamos que eu gosto de cuidar do que é meu. Nesse caso, só meu. Você é o meu anjo, Ivan. Meu anjinho.
Novamente as bocas se encontraram num beijo intenso, que foi interrompido com um toque na porta.
_ É o café da manhã. E nem me venha com aquele papo de vergonha de comer, que você precisa se alimentar. Vai comer nem que eu tenha que te dar na boquinha.
O empresário cobriu o corpo com um roupão branco e foi atender a porta retornando com um carrinho do café da manhã.
O loiro sentou na cama, encostando as costas na cabiceira e Ivan sentou ao seu lado pondo um morango na sua boca.
_ Gostou de ontem?
_ Mais ou menos.
_ Por quê?
_ Eu confesso que antes de chegarmos, eu fiquei apreensivo. Temia não saber me comportar bem no meio daquela gente rica. Mas, aí, aos poucos, eu fui me soltando e até gostando. Até que..._ Victor se esticou para pegar o suco e bebeu.
_ "Até que" o que , Victor?
Com fome, o loiro pegou um pedaço no croissant, com mão esquerda. E mesmo envergonhado por causa da paralisia da outra mão, mordeu.
_ Você lembra do Felipe? Aquele amigo do Gael.
_ Sei quem é. _ nesse instante, Ivan ficou sério.
_ Eu não sei que desagradável coincidência é essa, mas ele estava lá. Invadiu O banheiro, onde eu estava, e começou a me falar um monte de desaforos. Tomando as dores do Gael, como se tivesse algum direito. Ah, isso me deixou tão puto!
"Mas, eu não entrei no joguinho dele não. Eu não queria que acontecesse uma briga e isso te envergonhar. Eu engoli o sapo e saí do banheiro. Foi muito desagradável. "
Ivan socou a cabeceira da cama.
_ Puta que pariu! Esse desgraçado me paga. Isso não vai ficar assim.
O loiro pôs o croissant de volta no prato, abraçou o namorado e o beijou no rosto.
_ Não fique assim não, meu anjinho. Já passou. Não vale nem a pena esquentar a cabeça com aquele sem noção.
Ivan permaneceu sério. Em silêncio, planejava o troco que daria em Felipe.
_ Mô, você não vai comer? Já estou com vergonha por causa da minha mão. Se eu comer sozinho vou ficar  ainda mais envergonhado... esquece o Felipe. Se eu soubesse que isso estragaria o seu humor nem tinha te falado nada.
_ Você fez muito bem em me falar. Não admito que você esconda nada de mim. Mas, você tem razão. Por enquanto, vou deixar o Felipe pra lá. Esse problema eu vou resolver quando chegar no Rio.
_ O que você vai fazer?
_ Vamos comer logo. Temos que  voltar daqui a pouco.
_ Você tem problemas da empresa para resolver?
_ Que mané empresa. Nós vamos passar o dia juntinhos. Mas, eu quero te levar para fazer um passeio, em seguida vamos almoçar em algum restaurante e depois vamos para a minha casa.
_ A minha mãe vai ficar louca. Ela disse que...
_ Eu já conversei com a sua mãe enquanto você dormia. Ela já sabe e permitiu que você só vai pra casa amanhã. O que é uma pena, porque por mim você nunca mais saía da minha casa.
Victor sorriu e o beijou.
_ Eu amei o seu "roteiro" para o nosso dia, mas eu quero trocar o restaurante por almoçar na sua casa. É por causa daquele probleminha, que você já sabe qual é.
Ivan segurou a mão enferma de Victor e a beijou.
_ Eu vou fazer o que for possível para que você possa recuperar os movimentos da mão. 
_ Eu amo quando você cuida de mim.
_ Vamos logo terminar esse café da manhã?
_ Amor, eu gostaria de te fazer um pedido.
_ Diga, solzinho.  Você não pede, você ordena.
_ Depois da refeição,  você me veste como se eu fosse um bebê?
_ Menino, você adora me tentar, né?
Victor recebeu um tapa sonoro nas nádegas, seguido de um beijo.

Verdades secretas Onde histórias criam vida. Descubra agora