Capítulo 35

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Ivan diz que vai ajudar Gael.

O casal manteve o silêncio durante toda manhã. Não houve o tradicional beijo de bom dia. Ivan desceu antes para tomar café da manhã sozinho e logo em seguida foi malhar na academia da sua casa.
Victor tomou banho e permaneceu na cama vendo TV. Se isolar quando esteva chateado era algo que ele sempre fazia.
Maria levou o café da manhã na cama para o seu queridinho, mesmo não sendo solicitada.
_ Eu trouxe esse café da manhã na cama. Ontem você chegou tão tristinho, que não comeu nada. E como comer é algo que você adora, eu fiquei preocupada.
_ Obrigado, Maria.
Ela ajustou a bandeja na cama. Victor sentou e começou a comer, quando Ivan entrou no quarto.
_ Maria, você pode nos dá licença que eu preciso falar com o Victor?
_ Sim, seu Ivan. Com licença.
Victor ficou sério para mostrar a Ivan a sua insatisfação. O moreno se aproximou com o seu sorriso safado, que deixava o companheiro louco de tesão. Ele vestia roupas de exercícios físicos . Retirou a camisa mostrando o peito, onde as gotas de suor escorriam pela sua pele.
_ Vem tomar banho comigo?
Victor o ignorou,  olhando para a TV. Ivan jogou a toalha em cima dele, o irritando e foi ao banheiro tomar banho.
O loiro jogou a toalha no chão e continuou comendo.
Ivan retornou ao quarto nu, secando o cabelo com uma outra  toalha. Sentou na cama e beijou o rosto de Victor,  que tentava afastar a cabeça, mas foi segurado e beijado a força.
Ivan beijava o seu pescoço. Victor tentava resistir não demonstrando tesão, mas foi traído pelo próprio corpo, demonstrando arrepios e uma ereção.
_ Alguém aqui tá ficando animado.
A mão de Ivan desceu até o pênis de Victor e o acariciou.
O loiro se retorcia, abafando o gemido. O empresário foi deitando Victor, enquanto o beijava sem deixar de massagear o seu membro. A perna  de Victor bateu na bandeja, a derrubando no chão.
_ Olha o que você fez?! Tadinha da Maria. Ele fez tudo com tanto carinho.
Ivan teve a mão retirada do pênis do noivo.
Contudo, não se deu por vencido, puxou Victor para si e acariciou o seu rosto.
_ Vamos passar o dia juntinhos? Hoje eu não vou à empresa. Serei todo seu._ disse dando um beijo na boca de Victor. _ Se você quiser, podemos ir para a nossa casa de Angra. Vamos no Iate ou de helicóptero. Você escolhe. O dia está lindo lá fora. Eu tava pensando em fazer um churrasco amanhã e convidar alguns amigos.
Victor permanecia em silêncio.
_ Eu odeio brigar contigo, Solzinho. Ainda mais por causa de gente que não vale nada.
_ Eu também não gosto. Mas, não é justo que você faça merda e não a conserte. Você não faz ideia o que é ser pobre e ficar sem emprego. Porra, não há motivo nenhum para você prejudicar o Gael. Você não gosta mais dele. Então,  por que ter raiva da rejeição dele? Nada mais justo que você o devolva o emprego.
Ivan rir alto.
_ Meu amor, não fui quem demitiu o Gael, foi o chefe dele.
_ Por sua culpa. Você conhece muitas pessoas, não seria difícil conseguir um emprego pra ele.
_ Tá bom. Tá bom. Eu vou falar com um amigo dono de uma das maiores agências de publicidade do Brasil. Ele me deve alguns favores. Vou pedir para que empregue o Gael. Satisfeito? Agora me dê um beijinho.
_ Amor, eu quero te pedir mais alguma coisa.
Ivan revirou os olhos para cima, pensando que Victor pediria por Ítalo, o que ele negaria ajuda e assim iniciaram mais uma briga.
_ A sua tia Fernanda me pediu para falar contigo. Ela quer trabalhar e está difícil conseguir um emprego. Ela me disse que fez um curso de secretária e bem que você poderia vê alguma coisa pra ela lá na construtora.
_ Amor, a tia Fernanda nunca trabalhou na vida. Sempre mamamou nas tetas da fortuna do meu pai. Aquela mulher é uma inútil.
_ Mas ela quer mudar! Ela se sente mal por não poder fazer nada para ajudar os filhos. Por favor?
_ Ok. A minha secretária vai entrar em licença maternidade por esses dias. Eu posso dar o cargo temporário para a tia Fernanda. Mas, já vou logo avisando que se ela for uma incompetente não vou mantê -la. Será rua na certa.
Victor acariciou os cabelos negros do amado.
_ Você tem dois lados. Sabe ser cruel quando quer, mas também sabe ser generoso. Eu amo você. Não quero que se transforme em alguém totalmente  ruim. Sobre o Ítalo...
_ Ah, não! Chega dessa conversa.
_ Amor, eu te juro que nunca mais falo com ele. Eu o bloqueio de todas as redes sociais, faço tudo que você quiser, mas não o prejudique mais. Vamos esquecer. Fingir que ele nem existe, só não o Impessa de conseguir um emprego e nem atrapalhe a carreira dele.
_ Tá bom. Eu juro que não vou mais intervir em nada sobre o Ítalo. _ mentiu Ivan._ Sem nenhum contato, ok?
Victor sorriu e abraçou.
_ O garoto aqui tá com frio. Tá precisando de um cuzinho quentinho para se aquecer.
Victor mordeu o lábio inferior, sorriu e segurou no queixo do amado.
_ Como você é safado.
_ E você gosta._ Ivan disse beijando e rosto de Victor.
_ Sim. Eu gosto.
Victor o beijou.
Ivan beijava o pescoço do loiro, que não queria mais fingir frieza. Gemeu sentindo o corpo se arrepiar. A respiração ofegante de Ivan no seu ouvido aflorou o seu desejo de querê-lo dentro de si.
A mão foi de encontro ao membro de Ivan, que sentia a maciez da mão do amado o masturbando.
As bocas voltaram a se beijarem. As línguas se entrelaçavam degustando os seus sabores. Beijo molhado, intenso, caloroso.
Sem interromper o beijo, Ivan retirou a blusa do pijama do companheiro. Percorrou com a língua e mão sobre o seu  peito, desfrutando do gosto da pele alva do menino. Aos chegar nos mamilos, deslizou a ponta da língua em movimento circulares. Em seguida, sugou-os deixando uma mancha arroxeada. Seguiu o ritual por outras partes do corpo: ombro, pescoço ,barriga e braços deixando a sua marca por toda a pele do homem que ama.
Vulnerável aos encantos do macho, Victor amelecia em seus braços, gemendo e se entregando de corpo e alma.
_ Fique de pé diante de mim.
E assim foi feita a vontade de Ivan, que segurou nos quadris de Victor e os seus olhares se encontraram transmitindo amor em silêncio.
Victor acariciou o rosto do amado. Sentindo uma vontade imensa de retribuir toda a felicidade que o empresário o proporiconava.
Ivan sentia-se flechado pela ternura que o rapaz expressava. Esfregava o rosto em suas mãos macias desejando que a vida fosse maravilhosa para Victor.
Abaixou a calça do pijama dele. Com as duas mãos acariciava as suas nádegas, enquanto beijava-lhe o pau por cima da cueca. Delicadamente, a retirou olhando sorrindo para Victor, que já estava animado esperando o que viria. A boca do empresário engoliu o seu pênis  e os gemidos do loiro ecoavam pelo quarto, sentindo a boca úmida e quente de Ivan.
O que estava bom ficou ainda melhor, quando Victor sentiu os dedos de Ivan os penetrar, preparando o seu ânus para a refeição principal.
Com brutalidade, Ivan o virou de frente para si e sem perder tempo, começou a beijar a bunda que tanto desejava e a que mais o satisfaz na vida. Mordidinhas e tapinhas leves, língua deslizando no rego e na rodinha rosada acendiam o fogo do desejo do casal, que em pouco tempo se tornou uma labareda.
Victor foi jogado na cama com a barriga para baixo.  Sentiu os seus quadris serem erguidos e as suas pernas abertas. A língua de Ivan o invadia novamente, fazendo o seu ânus piscar implorando por Ivan dentro dele.
O gelado do lubrificante o fez gemer de susto e um sorriso foi dado em seguida.
Aos poucos, Ivan foi entrando, preenchedo-o, devorando-o, possuindo-o.
Os movimentos foram iniciados. Seus corpos unidos em prazer e volúpia desfrutavam do melhor que a paixão poderia oferecer.
Victor sentiu os seus cabelos serem puxados para trás e a sua boca ser beijada.
Um era a água que saciava a sede do outro. Dançavam no mesmo ritmo, caminhavam no mesmo caminho, se completavam.
Ivan queria fazer a refeição completa. Aproveitar todas as posições que pudesse desfrutar: frango assado, penetração olhando nos olhos e a cavalgada do passivo enquanto ficava deitado na cama e assim foi feita a sua vontade até que o casal gozou quantas vezes foram  necessárias  para dar-sem por satifeitos.
Cansados, deitaram sobre a cama. Victor apoiava a cabeça no peito de Ivan  e o abraçava  e era abraçado.
_ Você me destruiu. Estou toda ardido._ Victor disse sorrindo de satisfação.
Sentiu a mão de Ivan estalar na sua bunda, o que o deixou ainda safadinho.
_Você gosta, safada.
_ Eu não gosto não. Eu adoro. Você é muito gostoso, meu bebê.
Ivan sentiu os seus lábios serem beijados e o seu rosto ser acariciado.
Em silêncio, reconheceu o quanto era feliz ao lado de Victor,  o quanto o seu amor o fazia bem. Temia perdê-lo. Isso o apavorava.
_ Eu já marquei a data do nosso casamento. Será no final de Janeiro.
_ Eu falei com o meu tio. Depois temos que ir à agência de casamentos.
_ Não temos não. Eles vêm até nós. Marque uma reunião, mas me avise com antecedência para eu me programar.
_ Será que teremos tempo para a lua de mel?
_ Claro, meu solzinho.
_ E pra aonde iremos?
_ Pra onde você quiser.
_ Eu pensei num lugar, que pra mim é muito especial.
_ É mesmo? Onde?
_ Suiça. Quero conhecer o lugar que você viveu, os lugares que você gostava de frenquentar, onde você estudou, experimentar as suas comidas favoritas. Quero conhecer um pouquinho mais do meu amorzinho.
Ivan sorria,  admirando o amor da sua vida.



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