Capítulo 7
Entre lençóis e travesseiros Gael deitava o seu corpo cansado. Vestindo apenas uma cueca branca, ele adormecia deitado com a barriga encostada no colchão. Os lençóis não cobriam totatalmente o seu copo, eles se entrelaçavam entre as suas pernas, deixando as suas costas e nádegas à amostra.
Despertou sentindo a humidade de língua percorrer as suas costas, descendo pela coluna vertebral até as suas nádegas.
Ainda sonolento, sentiu a sua cueca sendo arrancada por mãos masculinas e lábios tocando a sua bunda. Gael inclinou a cabeça para trás para ver de quem se tratava e sorriu ao ver Ivan sorrindo para ele.
Percebeu que o primo estava nu sentado sobre as suas nádegas, encostando o pênis ereto sobre elas.
_ Eu não sabia que você estava aí.
_ Esqueceu que me deu uma cópia da chave?_ perguntou Ivan, beijando o pescoço do primo.
Ao sentir os pelos do corpo arrepiar e o hálito quente de Ivan na sua orelha antes de mordê-la levemente, Gael sentiu-se excitado.
Ivan virou-o de frente para si, e pondo as mãos nas faces do primo, o beijou.
_Eu te amo, Gael.
Gael beijava o pescoço e deslizou a língua sobre os seus mamilos. Desceu a mão até as nádegas de Ivan, que as retirou e as pôs no seu pênis. Gael entendeu o recado e iniciou a masturbação no primo, que fez o mesmo com ele.
Os seus olhos se encontraram em silêncio. Ivan sorriu admirando a beleza do primo que tanto desejava. Beijou-o novamente e o virou de costas para ele, descendo a língua até as intimidades do primo e assim saboreando o seu gosto, penetrando a língua o mais fundo que podia.
Os gemidos de Gael ecoavam pelo quarto, despertando ainda mais desejo em Ivan.
O moreno perguntou pelo lubrificante e Gael apontou o dedo para a gaveta da mesa de cabeceira.
Com delicadeza, Ivan penetrava os dedos no cuzinho do primo, desfrutando da sua contração. Lubrificou o seu pênis antes de penetrar em Gael e iniciar o movimento sexual.
O ritmo dos movimentos dos seus corpos aumentavam junto com o tesão que sentiam.
Gael rebolava de quatro sentindo o primo dentro dele, enquanto Ivan o masturbava. Ambos deliravam de prazer.
_ Me fode, caralho! Me come gostoso!
Depois de desfrutar longos minutos de prazer, Ivan gozou sorrindo, apoiando o queixo sobre o ombro de Gael e beijou o seu rosto.
Gael gozou em seguida.A falta de entusiasmo de Victor para fazer as atividades corriqueiras, preocupava a sua família. O loiro passava os dias sério e falando somente o necessário.
Não ficava mais empolgado ao ver a sua série favorita, não tinha mais interesse nos seus livros, não sorria quando a sua avó preparava o seu prato favorito.
Andréia estava preocupada com o estado emocional do filho, e por isso, o liberou do castigo antes do prazo. Contudo, Victor permanecia tristonho.
O que ninguém desconfiava era que o motivo da sua tristeza se chamava Gael. O menino desejava vê-lo e sentia-se muito triste por não ter para Gael a mesma importância que o amado tinha para ele.
Ainda se recordava com tristeza ao lembrar da visão de Gael beijando outros homens e se questionava se havia feito algo errado no ato sexual por ser inexperiente.
Domingo era o dia da semana em que Paulo não abriam a pensão e tirava o dia para uma realizar uma limpeza mais profunda no local. Não que essas atividades não eram feitas nos dias de semana. Manter o estabelecimento limpo era o que mais o orgulhava. Mas aos domingos eram dias de caprichar para ajudar a manter a higiene no lugar.
Como toda a família estava em casa, todos contribuíam na faxina. Mesmo contrariado, Victor limpava por conta da obrigação imposta pela sua mãe. Naquele dia, pediu ajuda a Virgínia, prometendo fazer o trabalho de História só e pôr o nome da menina.
Paulo entrou na pensão trazendo duas revistas debaixo do braço. Ao vê-lo, Virgínia sorriu empolgada.
_ O senhor trouxe a revista que eu pedi, tio?
_ Aqui está.
Paulo entregou uma revista a menina e um gibi ao neto.
Virgínia gritou de felicidade. E beijou o rosto do idoso, agradecendo pelo presente.
_ Eu não sabia que os jovens ainda lessem revistas. Hoje em dia é tudo pelo celular._ comentou Roseli esfregando o balcão de mármore.
Virgínia sentou em uma das cadeiras e apoiou a revista sobre a mesa.
_ Esta não é qualquer revista. É a The Society, a revista que aborda o mundo da elite econômica brasileira. Só notícias e fofocas da alta sociedade.
_ Então, é por isso que ela custou tão caro. É revista de rico._ disse Paulo pegando a vassoura.
Victor se aproximou da amiga e sentou ao seu lado, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão.
_ E por que você quer ler isso? Eles nem fazem parte da sua realidade.
_ Não fazem ainda, meu amor. Mas um dia eu vou me casar com um velho rico e me tornar uma socialite.
Andréia balançou a cabeça negativamente. Achou a menina tola.
_ Você deveria está pensando em vestibular vai prestar. Sonhos não enchem barriga._ Andréia comentou sem parar de limpar os azulejos.
_ Eu já decidi o que vou fazer ano que vem.
_ Sério, amiga? O quê?
_ Porra nenhuma.
Todos a olharam espantados.
_ É isso mesmo, gente! Ano que vem não vou fazer nada. Não vou procurar emprego e nem prestar vestibular. Eu mereço descansar.
_ O que você tem de voz tem, te falta em juízo. _disse Roseli.
_ Mulher, você é uma péssima influência pra mim.
_ E mesmo assim você me ama.
Victor sorriu concordando em silêncio que amava a amiga.
Virgínia arregalou os olhos diante de uma fotografia que viu na revista.
_ Olha! Este aqui não é o cara que estava lá na parada LGBT e na boate.
Victor se empolgou pensando se tratar de Gael e retirou a revista da mão de Virgínia. Para a sua decepção era Ivan.
_ É o cara que o Gael beijou._ Victor disse tristonho.
Virgínia tomou a revista de volta.
_ Aqui está dizendo que ele é o filho do empresário Raúl Matarazzo, o dono de uma das maiores construtoras do Brasil! Gente, eu estive perto de um milionário e não sabia!
_ E faria diferença você saber? Por caso você acha que ele te pediria em casamento?
_ E por que não, Victor? Aqui na matéria diz que Ivan Matarazzo está noivo de uma moça de classe média. Ela não é pobre como eu, mas não é rica como ele. Ou seja, ele não tem preconceito com classe social.
"Mas o chato é que a matéria aborda de uma forma tão negativa. Estão o tempo inteiro dizendo que ela é filha de um engenheiro e uma professora. Como se a moça fosse uma morta de fome e ele fazendo caridade de está com ela."
_ Se falam assim de uma moça de classe média, imagina o que falariam se esse rapaz namorasse alguém pobre como nós?_ Paulo disse.
_ Papai, gente rica se casa com gente rica. Nunca põem uma aliança no dedo de um pobre. A classe média eles até toleram, mas nós, só nos vêem como serviçais.
_ Quando o amor bate, nivela todos. Se um rico amar uma pessoa ele não vai se importar se a pessoa amada seja pobre.
Andréia olhou para a madrasta sorrindo e disse:
_ Tá vendo muita novela, Roseli.
A conversa foi interrompida com o som de uma voz masculina chamando por Victor.
Victor correu em disparado para fora. Seu rosto irradiou felicidade ao vê Gael numa moto e correu para beijá-lo.
_ Como você descobriu onde eu moro?
_ Perguntei ao seu tio.
Movidos pela curiosidade, todos foram ver quem era o homem que chamava por Victor.
Andréia não gostou de ver Gael. Julgavá-o velho demais para o seu filho.
_ E aí, gatinho? Tá de bobeira?
_ Eu não tô fazendo nada divertido.
_ Então, vamos dar um rolê? O meu primo está dando uma festa no Iate dele.
_ Eu não conheço ninguém que vai estar lá. E nunca fui a um iate.
_ Essa vai ser a sua primeira vez. E como assim você não conhece ninguém? Conhece a mim, porra! Suba aí.
_ Eu preciso pedir permissão a minha mãe. Só um minuto.
Andréia relutou muito antes de ser convencida pela família a autorizar Victor a ir. Ela fez muitas recomendações ao filho para não consumir bebidas alcoólicas e está sempre segurando o seu copo para que ninguém colocasse drogas escondido. Paulo disse ao neto para não esquecer das camisinhas.
O loiro tomou banho e trocou de roupas. Gael o aguardava dentro da pensão respondendo os interrogatórios de Andréia.
Victor desceu entusiasmado de tanta felicidade. E ambos partiram na moto de Gael.
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Verdades secretas
RomansaEm meio a hipocrisia, preconceito, ódio e rancor, Ivan encontra o grande amor da sua vida. Alguém capaz de despertar o melhor de si e o torná-lo bom, que fará a felicidade reinar sobre os seus dias. No entanto, um segredo obscuro e cruel poderá por...