Corríamos por Hogwarts como desesperados, eu sabia muito bem o que havia acontecido. Harry havia tido uma visão vinda de Voldemort, como meses atrás quando ele viu Arthur Weasley ser atacado, mas dessa vez a vítima em questão era o meu pai.
Subimos o primeiro lance de escadas e Hermione não parava de falar. A possibilidade de aquilo ser uma manipulação do Lorde das Trevas, uma armadilha, também passou pela minha cabeça, mas eu não podia ignorar aquilo.
—A minha família de resume a ele.- Harry falou.
—Com todo respeito, Hermione, eu não posso perder o meu pai.- meu coração batia rápido.
—O que faremos?- Ron perguntou.
—Vamos usar a rede de Flu.- Harry estava determinado.
O único problema era que a única chaminé que não estava bloqueada depois que Umbridge assumiu a diretoria, era a dela própria. Seguimos para o terceiro andar, para sala da Diretora de Hogwarts, a nojenta sala rosa cheia de gatinhos em louça na parede.
Meu pulmão ardia de ansiedade, só de pensar na possibilidade de Sirius estar em perigo a minha garganta dava um nó, mas óbvio que nada facilitaria para nós.
Dolores entrou na sala quando já estávamos de partida, meus punhos cerraram. Ela amarrou Harry sentado em uma cadeira, enquanto os monitores da Sonserina traziam nossos amigos.
Draco arregalou os olhos ao me ver, mas acho que não era tanta surpresa. Eles haviam trazido Gina, Neville e Luna, eu estava tão nervosa e preocupada com Sirius que mal me importei quando Draco soltou o meu braço.
—Estavam indo ver Dumbledore, não estavam?- Dolores perguntou.
—Não.- a voz de Harry falhou.
—Mentira!- ela deu um tapa no rosto de Potter que fez meu sangue ferver.
—Mandou me chamar diretora?- Snape entrou na sala tomando a atenção de todos.
—Que merda você tá fazendo aqui, Alya?- Draco cochichou para mim, todos estavam com a atenção voltada para a conversa de Snape e Dolores para prestar atenção em nós.
—Tem que me ajudar a sair daqui, meu pai...- fui interrompida pelo grito de Harry.
—Ele pegou o Almofadinhas!- ele gritou para Severo, é claro que ele sabia exatamente sobre quem se tratava.
—Almofadinhas? Quem está com o seu pai?- Draco cochichou, ele sempre via minhas cartas endereçadas à Almofadinhas, ele sabia que era meu pai.
Mas Snape não ligou, ele apenas saiu dizendo a Dolores que não fazia ideia de quem era Almofadinhas, e isso fez eu tremer de raiva. Meu estômago estava se revirando de agonia, eu tinha que sair dali, eu precisava salvar o meu pai.
—A maldição cruciatus vai soltar sua língua.- Umbrigde disse à Harry.
—Mas é ilegal!- Hermione protestou.
— O que o ministro não ve, o ministro não sente...- ela abaixou um porta retrato com rosto do Ministro da Magia.
Eu estava pronta para partir para cima de Dolores se ela machucasse Harry, mas Hermione interviu. Umbrigde caiu na mentira de Hermione, e em poucos minutos ela, Harry e Hermione estavam fora da sala e o resto de nós estava sendo vigiado pelos monitores da Sonserina.
—Vou falar com a Alya lá fora, Crabbe fique de olho.- Draco passou o posto para os outros e me levou para fora da sala.
Ele fechou a porta com cuidado e arrumou meu cabelo atrás da orelha.
— O que aconteceu?- ele perguntou preocupado.
— Meu pai corre perigo, tem que nos ajudar a sair daqui, por favor Malfoy.- pedi, quase implorei.
Minha cabeça começou a doer só de pensar em perder o meu pai, eu não podia imaginar aquilo.
— É claro que eu vou te ajudar, me diz o que fazer.- ele segurou minha mão na esperança de que elas parassem de tremer.
Mas eu nem precisei dizer nada, quando Draco tentou abrir a porta de novo Rony foi mais rápido e Malfoy deu de cara com a madeira escura.
—Vamos, Alya, corre.- Gina e Luna me puxaram enquanto todos corriam da sala rosa.
—Eu mando notícias!- gritei para Draco que tinha uma das mãos na cabeça pela dor mas sorria para mim ao mesmo tempo.
••••
—Como fugiram?- Hermione perguntou assim que nos encontramos.
— Domitilhas, foi uma nojeira.- Gina sorriu.
Eu estava com a mente distante demais para prestar atenção no que Rony estava contando. Minhas mãos tremiam muito e eu só conseguia pensar no que meu pai poderia estar passando.
Eu não podia perdê-lo, nunca. Perdê-lo significaria o fim da minha família, e eu não podia perder o que eu sempre quis ter.
Neville foi o único que percebeu a alteração da minha respiração, e passou a mão nas minhas costas para que eu me acalmasse. Minha cabeça estava em qualquer lugar menos em Hogwarts, e só prestei atenção quando alguém perguntou sobre como iríamos ao Ministério, afinal era lá que meu pai estava.
—Voando, é claro.- Luna sorriu.
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Only One - Draco Malfoy
FanfictionAlya não era tão invisível como ela pensava, talvez ser melhor amiga de Draco Malfoy e ter uma inteligência espantosa fossem fatores importantes para chamar atenção em Hogwarts. A vida sendo uma sonserina com poucos amigos era simples antes de se me...