Poder

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Aparatei para Mansão Malfoy logo depois de Harry, Hermione e Ron irem para o Ministério em busca do medalhão.

Harry havia havia me convencido a não ir com eles, além do mais, eu tinha que tentar achar alguma horcrux naquela mansão.

Aparatei direito no meu quarto, ele estava impecável do jeito que eu havia deixado.

Corri pelos corredores atrás de Draco e Tom mas logo parei no topo da escada que descia para o hall de entrada, eu não acreditava no que estava vendo. Malfoy e Riddle aos socos com cinco sequestradores que deviam ser apenas alguns anos mais velhos que nós.

—Ela é minha princesa, seu idiota!- ouvi Draco dizer antes de, muito provavelmente, quebrar o nariz do maior deles.

—Precisava ter visto a sua princesa gemendo meu nome.- o mais velho respondeu pouco depois de socar o estômago do Malfoy.

—Que merda.-falei para mim mesma.- Estupefaça!

Todos os sete garotos voaram para um canto com apenas um aceno da minha varinha, e todos eles fizeram a mesma expressão quando me viram.

—A-alya Black, o que faz aqui?- o sequestrador que estava provocando Malfoy me olhou assustado.

—Perdão, eu conheço você?-perguntei em tom de superioridade e logo me virando para Draco e Tom.- Eu não posso ficar um segundo longe que vocês já arrumam uma briga?

—Ele disse que fudeu você.- Tom contou frio.

Eu me virei para o mais velho, ele tinha sangue escorrendo pelo nariz e o olho roxo, realmente Draco já tinha defendido minha honra muito bem, mas ainda não era o suficiente.

—Imperio.- falei apontando minha varinha e logo em seguida o levantando como um fantoche.

Eu fiz com que o sequestrador colidisse tão forte conta um dos pilares que quase pude ouvir uma de suas costelas se quebrar.

—Achou que inventando isso ganharia algum prestígio com os Comensais da Morte, alguma mínima relevância?- perguntei com a voz leve, mas mesmo assim pude ver o medo nos olhos dele.- Ouse dizer meu nome mais uma vez e estará morto antes mesmo de pensar em se desculpar.

Encerrei o feitiço e me virei para subir as escadas, os saltos das minhas botas ecoavam no lugar pelo silêncio que havia deixado.

—Vocês dois vem comigo.- falei me virando e Malfoy e Riddle se entreolharam.- Agora!

Eles se levantaram com dificuldade e foram atrás mim. Pensando pelo lado bom, pelo menos não era uma briga entre os dois.

••••

Depois de colocar gelo no olho roxo de Tom, na bochecha e abdômen roxos de Draco e enfaixar as mãos machucadas dos dois, eu finalmente pude falar sobre o que era mais importante.

Contei a eles tudo sobre as horcruxes, tudo que Harry havia me contado, e no fim perguntei a eles se sabiam sobre o que eu estava falando.

—Nunca ouvi falar sobre essas horcrux, mas esse diário que você mencionou, eu me lembro dele.- Draco falou.- O diário estava aqui, então talvez haja outra horcrux aqui, eu não me surpreenderia se houvesse.

—Eu duvido.-Tom parecia muito pensativo.- Seria burrice deixar todos esses objetos juntos no mesmo lugar.

—Mas nunca é demais procurar.- falei.- De noite me encontrem aqui e vamos procurar no porão.

—Enquanto isso eu vou procurar no escritório do meu pai, é trancado por um feitiço de sangue, então só eu posso entrar.- Draco falou se levantando com dificuldade da minha cama.

—Nos encontramos aqui depois do jantar, ai procuramos essas malditas coisas.- praguejei e os garotos assentiram.

Malfoy saiu em direção ao escritório de seu pai, mas antes de Riddle sair eu o chamei. Ele tinha uma expressão estranha no rosto, e além disso eu havia acabado perceber uma coisa, estávamos ajudando Harry a matar o pai dele.

—Tom, podemos conversar?- ele assentiu e sentou de volta na minha poltrona.- Você não se sente mal?

—Pelo que eu deveria me sentir mal exatamente?- ele perguntou no mesmo tom frio de sempre.

—Estamos tentando matar o seu pai, se não percebeu.- falei e logo me arrependi do modo que havia falado.

—Meu pai ou não, ele é um assassino.-ele respondeu como se fosse óbvio.

Eu tinha pena de Riddle, ele com certeza não sabia o que era ter amor de pai, e nunca saberia, Voldemort era incapaz de amar.

—E o poder que o Lorde das Trevas tanto promete aos Comensais, você não vai ter isso se ele morrer.- minha voz soou como um interrogatório.

—Estaria mentindo se eu dissesse que não quero poder, me tornei um Comensal pelo poder.- ele começou.- Mas acreditar que eu só posso conseguir poder com a ajuda do Lorde das Trevas seria me subestimar, e eu não me subestimo.

Eu apenas fiquei em silêncio, acreditava em Tom, sempre acreditaria no meu melhor amigo.

—Quero ele morto pelos seus crimes, e um pouco por vingança.- ele se levantou indo em direção à porta.- E Aly, não pense que eu estou do lado da Ordem da Fênix, eu estou do seu lado, do lado da minha melhor amiga e da primeira pessoa que eu amei na vida.

Ele saiu, com certeza eu acreditava em Riddle, no meu melhor amigo que eu amava tanto.

Only One - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora