alta do hospital

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Joy entra, ela está muito abatida, ela se aproxima de mim, e segura em minha mão.

- Amiga, achei que fosse perder você. - diz ela chorando.

- Calma, estou viva. Miga, como a Lisa te levou para aquele lugar?

- Ela me drogou, assim que Nam saiu de perto de mim, eu ia entrar no carro, quando alguém tampou meu nariz com um pano usando clorofórmio. Quando acordei, estava amordaçada e amarrada na cadeira, do meu lado a Lisa. Ela tirou a mordaça para que eu pudesse falar com você. Eu repetia tudo o que a Lisa me falava do meu lado. Quando encerramos a ligação, perguntei para ela o por quê disso tudo. Ela disse que era para te atrair e acabar com sua vida. Amiga eu não pude fazer nada, eu só chorava desesperada, com medo do que ela poderia fazer com você.

- Ei, tá tudo bem. Só levei um corte, logo vou para casa, amiga. - aliso a mão dela ao dizer essas palavras.

Joy se despede de mim, dando um beijo em meu rosto, e sai pela porta do quarto. Logo depois entra Mark, está abatido, com os olhos inchados de tanto chorar. O Yoongi quando entrou aqui, se encontrava do mesmo jeito.

- Alice... me perdoa por favor?

- Mark, tá tudo bem. Sinto muito pela sua irmã, nunca pensei que ela poderia ter feito algo assim.

- Nem eu, Alice, nem eu.

Ele fica assim, alguns minutos do meu lado, chorando. Logo sai, e Nam entra. Ele conversa um pouco comigo, assim que sai, fico surpresa ao ver minha mãe. Ela me abraça, e distribui vários beijos eu meu rosto. Todos de Daegu que conheço vieram me ver, fiquei tão feliz em receber cada um.

(...)

Os dias passam, pra mim pareceu uma eternidade enquanto estava no hospital. Finalmente saio daquele lugar depois de 4 dias internada. Meus pais vieram me buscar, minha mãe não foi problema pegar folga, mas meu pai conseguiu, apesar de ter um pouco de dificuldade, pegar férias adiantadas. Assim que coloco meus pés para dentro da mansão, sou recebida por aplausos, e gritos comemorativos. Todos meus amigos estão aqui. Até mesmo Mark, ele ainda está abatido. Resolvo ir até ele, conversar um pouco. Mas sou impedida pelo meu namorado gato.

- Estava com saudades, minha esquentadinha. - diz ele me abraçando pela cintura.

- Amor, você me via todos os dias.

- Sabe que não é a mesma coisa. - diz me encarado. - Vai falar com Mark?

- Sim, meu gatinho.

- Vou com você. - ele segura em minha mão, e assim caminhamos até Mark.

Solto a minha mão de Yoongi, e por impulso, abraço Mark. O mesmo retribui o abraço, alisando minhas costas. Ouço ele chorar baixo.

- Sinto muito mesmo. Pela sua perda.

- Alice, sei que minha irmã não prestava, mas ela não precisava se matar. Ela não pensou na dor que nos causaria. Meus pais choram o tempo todo, sentem a falta dela, como eu sinto. - diz ele saindo do abraço.

- Eu imagino Mark. Mas ela deve estar bem agora, deve estar feliz, num lugar bem melhor.

- Tento pensar assim, pra esquecer toda a tristeza que sinto em meu coração.

- Sei que ela devia ter pensado mais em seus pais, e em você, mas a obsessão dela a levou fazer isso. Sua irmã não merecia a morte, não merecia morrer. Ela poderia fazer tratamento psiquiátrico, se estivesse viva.

- Sim, eu sei. Mas fico feliz que você está bem, e está de volta.

- Obrigada Mark, obrigada por ajudarem a me encontrarem.

- Só fiz o que achei certo.

Abraço todos os presentes, na minha festa de boas vindas. Após os comes e bebes, entro na mansão, em direção ao meu quarto. Porém ao subir as escadas, sinto um pouco de dor. Yoongi percebe, o mesmo estava atrás de mim.

- Amor, te ajudo a subir. - ele me pega em seus braços, e sobe comigo. Ao chegar na frente do meu quarto, ele me desce de seu colo, devagar, e abre a porta do quarto.

- Como senti falta de dormir nessa cama. Amor, quero fazer uma tatuagem para cobrir essa cicatriz.

- Claro, vou com você. Mas tem que esperar cicatrizar bem. Ainda nem tirou os pontos.

- Eu sei amor.

(...)

Depois de mais de uma semana sem ir para as aulas, finalmente volto. Para minha surpresa, a diretora me espera na frente da sala.

- Bem vinda de volta, senhorita Lee. Posso falar com você em minha sala?

- Claro.

A sigo pelos corredores da universidade, até chegar na sala dela. Me sento de frente para ela, esperando a mesma se pronunciar.

- Me desculpe por não acreditar em você. A universidade tirou um dia de luto por ela, e pelo que houve com você. Sinto muito mesmo.

- Tudo bem, já passou.

- Alice, se precisar de algo, qualquer coisa, pode falar comigo. É um jeito de me redmir pelo que aconteceu.

- Tudo bem. Bem, vou voltar para sala.
Tenha um bom dia.

- Você também, senhorita Lee.

Nota: por mais que passamos por problemas, nunca pense em se suicidar, pense nos seus familiares e amigos, a dor que sentirão por você querer partir desse mundo. Se estão com problemas, procurem alguém para conversar, alguém que vocês confiam. Se precisar procurem ajuda médica, um psiquiatra ou psicólogo, não tenham medo de procurar por eles, ou aceitar a ajuda deles. Lembre-se que eles são profissionais nessa área, e sempre irão ajudar seus pacientes.

don't you forget about me (suga) Onde histórias criam vida. Descubra agora