Eu quero uma cova quente
Para repousar meu corpo e descansar
Seja ela obtida pela força, por notas coloridas ou dada de bom grado
Inerte, nova ou desgastada
Só quero que sirva como uma diversão na minha estrada
Eu quero uma centena de flores rezando para mim
Não mantidas no solo
Mas ceifadas e secando
Mumificadas através dos meus atos, simples assim
Eu quero uma arma enferrujada
E alguns cartuchos de ouro
E com a minha persuasão
Provar que o amor é um milagre da ocasião
Eu quero muitas coisas, muito mais do que posso ter
Mas se em uma só vida não se pode ter tudo
É preciso desabar as estruturas
E presentear com o NADA, todos os outros que possuem as coisas do mundo
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Perpétua Tortura |Ou| A luxúria que escorre
PoetryAforismos, contos e "poemas" sobre a bestialidade das relações