Perpétua Tortura |Ou| A luxúria que escorre

O mínimo viável entre a utopia e o fracasso

O fogo em seus olhos faz de mim um ser fragmentado. Poucas emoções surgem, antes o amor e ódio, agora um misto de tédio e busca de motivação. Uma vontade sempiterna, reina dentro do meu peito, entre um cigarro e outro, de encontrar uma solução viável para meus problemas com você.

Eu sou como um compilado de contos românticos, sobre minhas tragédias e textos infestados pelas minhas vontades mais sórdidas e honestas. Organizados por gênero, editora, autor e datas. E você é essa torrente de poesias acumuladas e jogadas, desvairadamente, pelos cômodos desorganizados de sua mente.

Esse caos que reina por de trás de usa fina tez de perfeição é que atrai a minha obsessão amorosa e faz meu coração pulsar sem ritmo. Flertando com um infarto melodioso.  Eu queria ter uma resposta viável, mais um cartucho de frases de efeito ou ao menos um poema que lhe encantasse a alma. 

Mas o que eu vejo, e tento aceitar, é que vontade e realidade são palavras traiçoeiras e raramente resolvem se entrosar. Existem dias em que eu quero que o inferno me consuma e o seu mundo esfarele feito um blush ressecado. Em outras horas autoristas eu queria encontrar o mínimo viável entre a utopia do sonho de lhe possuir em meus braços e o fracasso de jamais conseguir esse feito homérico.

Entre essas confusões diárias e conflitos psicóticos eu só posso dizer que o reino da mente e da paixão é como uma zona de guerra. E cada estampido ensurdecedor perpétua um silêncio, um olhar que sempre rima com o "Amor".