Corpos relutantes
Um grito de morte que ecoa
Um mar de cabelos eternamente luzentes
O aroma de alcatrão diante a tortura
A risada maquiavélica e milhares de olhos de medusa
Decerto pouca luz encontra o banquete
Não de pão ou vinho
Mas de carne e sangue corrente
Escondendo sob o véu da escuridão
A depravação melada de suor
Um caminho de azar
Jorrando a fé para os homens
Um mar de bênçãos para se molhar
Dita como um ser cruel
Suga o fel e de seu ódio latente
Transborda de seus lábios o mais ordinário mel
Distinta por aniquilar toda alegria
Nas noturnas e amargas cantorias
Destaca as virtudes e os pecados
E sucumbe as vítimas em seus desejos depravados
Sob sua coroa toda estirpe de imundície
Homens, mulheres, corpos unos pela carne
E por toda luxúria que existe
Dotes lascivos, mórbidos e destrutivos
Atraem sob os pés vermes belos e incandescentes
Sem vergonha da podridão
A rainha dos ratos, queima e se alimenta
Dos desejos monótonos escondidos em cada individual escuridão
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Perpétua Tortura |Ou| A luxúria que escorre
PoesiaAforismos, contos e "poemas" sobre a bestialidade das relações