Um copo de terror

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Nada mais me aterroriza do que as mágoas e resistências a caminhar sobre meu copo 

O etílico se esvai na solidão 

Eu apelo para maços de cigarros 

E o que firma minha alma

Por segundos

É apenas o alcatrão

Eu vivo de meus lamentos e terrores 

Medos, amores os quais eu mesmo

Pude transformar em cenários avassaladores 

Toda alma parecida que conheci

Ou companhia sorridente pela qual eu também sorri 

Foram ocasiões onde meu fracasso se fez rei 

E onde mais uma vez os copos se vieram contra mim

E nenhum antidepressivo pode

Ou poderá controlar esse derradeiro, pedante, enjoativo e trágico fim 


Perpétua Tortura |Ou| A luxúria que escorreOnde histórias criam vida. Descubra agora