Cigarro, café e o fim do desespero

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As calamidades tremem em meus dedos 

Mais uma vez o mundo gira em um fluxo insano

E a tensão queima a pele, esculpe na carne o inferno da loucura 

Eu quero ouvir todos os gritos de dor 

As pessoas sofrem por que desejam o prazer

As pessoas desejam por que merecem sofreram

E os sons interruptos furam os tímpanos 

Pelo silêncio mata todo o eco da realidade

Eu quero ver o mundo morrendo

E os desejos escorrerem feito sangue

Matem todos os filhos da puta

Os puritanos

Os mercenários da vida 

Os torturadores da alma

As pessoas são lixos não recicláveis 

E os corpos transbordam as páginas de inquéritos 

Eu quero ver o inferno jorrar 

E vocês por ai criticando os meus cigarros

As minhas doses colossais de café

Vocês devem rezar por estarem vivos 

Pois, meus vícios não são os criminosos 

A morte nasce na negligência do sistema 

E ri da cara da sociedade

Meros peões estuprados por reis falsos 

E hipócritas 

Cria dos meus cigarros dos meus vícios 

Mas sucumbam ao desespero da existência. 

Perpétua Tortura |Ou| A luxúria que escorreOnde histórias criam vida. Descubra agora