Seguir em Frente

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 Vários dias se passaram, lenta e dolorosamente, desde que me separei do Henry

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Vários dias se passaram, lenta e dolorosamente, desde que me separei do Henry. Estava difícil, muito difícil. A princípio, eu julgava que as noites solitárias seriam mais difíceis, mas as manhãs eram tanto quanto, dolorosas. Acordar numa casa vazia, fazer e tomar meu café da manhã sozinha, despertar numa cama sem ter o Henry para me aconchegar, dizer coisas lindas, como fazia religiosamente todas as manhãs, e também sem o sexo matinal que era comum acontecer, e era delicioso!

Não nos falamos desde o dia que vim para o apartamento, o dia que ele havia me contado que soube que não era o pai do filho da Alysson. Algo que tanto nos assombrou, hoje era apenas uma lembrança, e nem isso pudemos desfrutar juntos. Depois daquela noite, ele entrou em turnê logo em seguida, e já faziam vários dias que ele pulava de país em país, dava entrevistas atrás de entrevistas, o que obviamente colaborou para que ficássemos ainda mais distantes. Apesar da falta que eu sentia dele, talvez isso fosse o ideal, tê-lo por perto, seria muito tentador.

Eu evitava ver coisas sobre ele, acompanhar as coisas que sua equipe postava nas suas redes sociais, os programas de televisão, e as revistas, mas as entrevistas estavam em todos os lugares e ele estava lindo, charmoso, e estonteante nelas todas. Pobre de mim!

Já era tarde da noite e eu ainda estava na Yaman. Jam estava sentado de frente para mim em uma mesa, trabalhávamos em silêncio compenetrados no que fazíamos.

— Chega por hoje? — Suspira, fechando o notebook.

— Pode ser, mas ainda temos muito trabalho — Dou um olhar cansado para ele.

— Relaxa gatinha, qualquer coisa, falo com seu chefe! — Caminha até mim, fechando meu notebook, e me dá um sorriso, todo galanteador.

Jam sempre foi muito gentil e charmoso comigo, assim como com todas as pessoas que o rodeavam, não é à toa que todos babavam por ele, mas nos últimos tempos, talvez devido a nossa proximidade, ele tem dito e feito coisas que sinto não ser tão ao acaso assim.

Eu achava ruim? Não, eu não achava, mas eu estava com a menor cabeça para isso, eu amava o Henry, eu ainda estava sofrendo muito com a nossa separação e isso era confuso para mim.

— O Josh vai me matar! — Soltei o cabelo preso em um coque, improvisado, balançando os dedos sobre ele.

— Por quê? — Franze o cenho.

— Por eu dar o cano hoje!

— E quem disse que você dará o cano? — Cruza os braços com os olhos estreitos e ar de riso.

— Jam, estou morta! — Arregalo os olhos.

— Nem ligo! Vamos! — alcança a chave do carro que estava sobre a mesa — Sem corpo mole, Cecília! — reviro os olhos e cruzo os braços, indignada. — E desfaz o bico antes que eu beije ele... — dá uma piscada cretina, e sai em direção a porta.

Quando tudo dá errado... Parte 2 (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora