Quando tudo dá errado... Parte 2 (Em revisão)

Ano Novo!

Cecília Narra
(3 meses depois)

- Anthony eu não acredito que você fez isso de novo! - Ouvi o Henry reclamando da cozinha.

Quando cheguei na porta vi a cara do Henry coberta com a comida que ele estava dando para o Tony e ele se limpando com uma toalha que já estava lá para essa ocasião mesmo, o Anthony adorava atacar comida na nossa cara.

- Problemas? - Provoquei segurando o riso.

- Você se diverte né barrigudinha! - Falou ácido mas vi que queria rir. - Como foi o seu dia no trabalho?

- Muito bom! Deu tudo certo! - Sorri

Eu havia voltado ao trabalho na rotina normal há dois meses. Sofri muito para deixar o Anthony para ir trabalhar, sentia saudade é culpa na mesma proporção, juntando com a bagunça de uma nova gravidez foi um combo em tanto.

Antes de voltar, como o Henry havia sugerido fizemos a nossa pequena viagem, e foi muito importante para nós. Consegui assimilar a novidade e comecei a me apaixonar pelo meu filho que estava a caminho. Ficamos próximos, curtimos nosso filhote e fizemos amor na lareira, como prometemos no início do nosso namoro, que sempre que pudéssemos faríamos. Meu marido mais uma vez tinha razão! Tava ficando chato admitir isso toda hora rs!

Quando contei para o Jam que estava grávida ele ria copiosamente, eu não sei o que acontece com os homens o Henry fez a mesma coisa! Eu fiquei olhando para ele atônita até ele conseguir se acalmar, e ele surpreendentemente não mandou eu ir a merda! Simplesmente me parabenizou alegre e disse que nada mudaria novamente! O Jam é um ser humano extraordinário.

Visto que eu tinha toda essa confiança dele confesso que minha auto cobrança foi ainda maior, o que me deixou um pouco mais estressada, imagina? Auto cobrança, o trabalho, um bebê , e uma gestação regada de enjoos, sono e mudanças de humor. Era de derrubar.

Ainda assim eu não podia reclamar, o Henry foi parceiro como sempre, ele optou tirar um ano sabático, coisa que ele nunca tinha feito, mas a situação pedia. Nos organizávamos como podíamos para ele malhar e cumprir pequenos compromissos.

A Bella me indicou uma babá, uma senhora brasileira que estava em Londres há pouco tempo. Ela tinha uma história triste, havia perdido o marido e o filho em um acidente de carro, desolada e triste resolveu recomeçar a vida em Londres com quase 50 anos.

Eu tinha muito medo de deixar o Anthony com uma pessoa. O Henry instalou câmeras na casa inteira quando percebemos que precisaríamos fazer isso em algum momento. Mas quando a conheci eu me apaixonei a Rita era uma mulher incrível, apesar de sua tragédia pessoal ela mantinha um sorriso cativante.

Então às vezes ela ficava com o Tony para nós, e cada vez nos apegávamos mais a ela. Eu pedi que ela falasse em português com ele. Queria que meu filho soubesse os dois idiomas. Isso era importante.

- Deixa que eu termino de dar comida pra ele, vai se limpar! - Beijei o Henry carinhosamente pegando o prato.

- Não preciso me limpar - Tirou a camiseta ficando com aquela imagem da perfeição à mostra e eu salivei. - Espero que não se incomode - Provocou descendo as pontas dos dedos delicadamente pelo meu braço sabendo exatamente o que estava me causando com aquilo.

- Bebê - Na - Cozinha! - Pontuei cutucando o tórax dele levando ele a rir e eu ri também - Mas pode me aguardar, em algum momento o bebê irá dormir. - Ele gargalhou e eu me sentei para dar comida para o Anthony. - Oii filhão!! Como está a coisa mais preciosa da vida da mamãe - Ele gargalhou - Estava com saudade é?? A mamãe também estava! - Beijei o rostinho sujo de comida dele.