Puerpério

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(1 mês depois)

Retornamos para nossa casa, agora com nosso pacotinho nos braços. Foi muito diferente ter mais uma pessoa morando com a gente.

Assim que chegamos apresentamos ele ao Kal, que o cheirou várias vezes desconfiado, até que finalmente começou a abanar a calda freneticamente, ele soube que era o irmãozinho dele que estava na minha barriga!

Depois disso ele não se afastou mais do Tony, onde o Tony estava o Kal estava junto. Isso para nós era maravilhoso, queríamos que o Kal se sentisse a vontade com o bebê e também queríamos que nosso filho crescesse sabendo amar os animais, então certamente eles seriam bons amigos.

Os primeiros dias após o nascimento do Tony foram tranquilos e maravilhosos, eu estava achando que seria assim para sempre, mas não, logo os desafios da maternidade bateram a nossa porta, noites sem dormir, cansaço, dores, cólicas de bebê, choro, e todo o combo que acompanha um bebê recém nascido na casa de um casal que vivia sozinho.

Além de todos os problemas comuns da vida com o bebê ainda tinha os meus hormônios. A baixa de hormônios após o parto me viraram do avesso, vira e mexe eu me pegava triste com vontade de chorar, estava com a auto estima la embaixo, as vezes quando o Tony chorava a minha vontade era de chorar junto com ele. Chamam isso de depressão pós parto?

Eu estava me achando feia, minha barriga estava inchada ainda, meu corpo não voltou totalmente para o lugar como eu achei que seria, minha médica dizia que eu estava exagerando, afinal 1 mês é pouco tempo, eu tinha que ter paciência.

Para melhorar eu e o Henry nunca mais fizemos sexo, o que era esperado, afinal estava de resguardo. Ele não falava nisso, não me cobrava nada mas eu também estava completamente dedicada ao Anthony, tudo na minha vida girava em torno do meu garotinho eu simplesmente não pensava em sexo.

Eu amamentava ele em livre demanda, e isso me esgotava, eu nunca mais dormi uma noite completa, evitava comer vários alimentos pra não dar cólica nele, o que nem sempre era eficaz, afinal ele sofria muito com elas as vezes.

Enfim, tudo isso combinado com o cansaço e o estresse dessa nova realidade me afastaram fisicamente do Henry, e isso era novo para mim. O sexo era uma das formas da gente se conectar, e nos unia!

O Henry estava sendo incrível, ele me surpreendia a cada dia, eu sabia que ele seria maravilhoso, mas ele superou a minha expectativa. Ele trocava as fraldas, ninava o Tony, quando ele estava com cólicas ele fazia massagens, dava banho, enfim! Ele me ajudava em tudo, só nao a amamentar porque ele realmente não podia, rs.

Meus seios acabaram rachando, mesmo com todos os cuidados que eu tomei, o que me trouxe muita dor por alguns dias, e eu sofria muito para amamentar, eu via que ele sofria por me ver sofrer, e apesar de não poder me ajudar ele não saia do meu lado, chegou até a me perguntar se eu não queria desistir da amamentação, rs, mas eu não aceitei, eu não queria abrir mão disso, ele entendeu e me apoiou nessa decisão apesar de odiar me ver sofrer.

Nos últimos dias eu comecei a pilhar, preocupada de não estar fazendo sexo com ele, eu sei que o Henry sentia muita falta, embora não dissesse nada. Mas eu estava sem libido nenhuma, e como eu disse minha vida era o Anthony, então estava tudo muito confuso para mim. E eu vivia esses pequenos dessabores da maternidade em silêncio.

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Quando tudo dá errado... Parte 2 (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora