Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Aquele lugar era exatamente como o do sonho de Astéria: sombrio e podre, sim, mas belo. Uma beleza cheia de luxúria e que transmitia o poder daquele lugar. Não era atoa que havia sido a casa dos Grãos Senhores que vieram antes de Rhysand. Aquele lugar emanava uma glória assombrosa e cruel. Tudo o que se era esperado do Grão Senhor da Corte Noturna.
Astéria seguiu Feyre e Rhysand em silêncio. Ela sequer era capaz de respirar direito tamanho era o poder que emanava deles. Era como se Rhys e Feyre tivessem se tornado duas pessoas completamente diferentes, e Astéria sabia que aquilo era necessário. Mas eles precisariam fazer muito, muito mais que isso se quisessem retomar o controle da Cidade Escavada e dar um fim naquela Corte dos Pesadelos.
O salão que entraram era lindo e todos os grão feéricos lá se curvaram diante de Feyre e Rhysand. E continuaram curvados até que eles os liberassem. Aquilo tudo fazia um calafrio percorrer a espinha de Astéria, mas ela se manteve que a expressão neutra. Ela também havia aprendido a fazer aquilo com o pai. As vezes, quando se trabalha com determinadas questões políticas, não pode deixar seus sentimentos vencerem. E nem pode deixar que outros os percebam e os usem contra você.
Astéria nunca tinha visto Keir pessoalmente, apenas escutado histórias sobre ele. Em boa parte delas, histórias bem ruins. O macho estava ajoelhado diante de Rhysand e Feyre, relatando algum inconveniente que Astéria não fazia muita questão de saber do que se tratavam. Tinha ido até ali por um motivo.
Rhysand balançou a mão, fazendo pouco caso dos relatos de Keir. Apesar dele não demonstrar, Astéria sabia ler as pessoas bem o suficiente para saber que o macho estava irritado com Rhys. E aquilo só fazia Rhys se divertir ainda mais.
-Astéria.- Rhys a chamou e ela sabia o que tinha que fazer. De certa forma, era um teste para ela também. Rhys queria saber como ela lidava com situações como aquela. Então ela mostraria ao seu Grão Senhor que apesar de ser quem era, Astéria também poderia ser outra pessoa quando precisava.
Ela se aproximou, parando a lado direito de Rhysand. Rhys deu um sorriso preguiçoso para Keir. Astéria encarou o macho a sua frente, que fazia questão de ignora-la. Ela o olhou com sua melhor cara de nojo e empinou o queixo.
-Quero que me leve até a jovem que habita as ruas desse lugar. Aquela que estão planejando matar.- disse Astéria.
O único indício de choque que Keir deixou transparecer foi o piscar de olhos antes de lentamente se virar para Astéria, franzindo a sobrancelha como quem diz "porquê essa fêmea acha que tem o direito de falar comigo?".
-E quem é você?- ele retrucou com desgosto.
Astéria desceu alguns degraus até Keir, ficando cara a cara com o macho, deixando que ele visse aquele brilho assustador que ficava em seu olhar quando sua magia começava a borbulhar dentro de si. Ela deu a ele um largo sorriso. Quem não a conhecia, acharia que aquela fêmea ali era capaz de matar qualquer um. E não pensaria que Astéria, na verdade, era o oposto daquilo.