Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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A medida que Feyre e Rhysand falavam para Chantrea o motivo de ela ter sido convocada até ali, a expressão no rosto dela ia endurecendo cada vez mais e mais. Chantrea se virou para Astéria, os olhos em chamas de tanta raiva.
-Ela está mentindo! - rosnou Chantrea. -Meu filho jamais faria coisa tão absurda.
-É mesmo? Então veja por si só.- disse Feyre irritada.
A medida que a cor ia sumindo do rosto de sua tia, Astéria sabia que ela ia vendo o que havia, de fato, acontecido. E bem mais que isso; Feyre tinha mostrado a Chantrea cada coisa horrível que seu filhos havia feito sem que ninguém descobrisse.
Chantrea deu um grito de dor e caiu de joelhos, lágrimas que Astéria jamais achou que veria manchando seu rosto pálido e vazio. A fêmea estava tremendo quando levantou as mãos para tocar o rosto molhado.
Astéria deu um passo na direção da tia, mas a mão de Rhys em seu ombro a impediu de continuar. Somente o olhar dele dizia tudo o que Astéria precisava saber: a tia jamais aceitaria qualquer gesto de solidariedade vindo de Astéria.
-Me chamaram aqui para decidir o que vão fazer com meu filho?- perguntou Chantrea olhando no fundo dos olhos de Feyre e Rhysand. Não havia raiva ali, só um pedido silencioso por clemência. Mas Astéria sabia que aquilo não seria o suficiente.
-O que seu filho fez vai completamente contra os nossos princípios. E não somente o que ele fez com Astéria, mas sim levando em conta tudo que vimos na mente dele.- disse Rhysand seriamente, uma onda daquele poder cruel e sombrio passando por Astéria. Chantrea se encolheu perante aquilo.
-Tem duas sentenças para ele. Ele pode passar o resto da eternidade preso ou podemos acabar com isso aqui e agora. É uma escolha sua o que fazer com seu filho. Mas não vamos ter misericórdia. - disse Feyre seriamente. Chantrea sequer conseguia olhar nos olhos da sua Grã Senhora, tamanha era sua vergonha e humilhação.
-Mate-o.- ela disse baixinho. Astéria se chocou com aquilo. A própria mãe dele... -É pior que ele viva para sempre preso nessa toca. Se vocês tem alguma piedade, então o matem por seus crimes contra a Corte Noturna.
-Pois bem.- disse Rhysand. -Está dispensada. Pode ver seu filho uma última vez se quiser.
Os dois grão feéricos de mais cedo estavam parados esperando por Chantrea. Eles a guiaram para fora daquela sala, mas não antes de Chantrea lançar um olhar frio e cruel para Astéria. Astéria fechou os olhos com força, desejando imensamente esquecer aquele dia. E tudo o que havia acontecido com ela.
Astéria sentiu as mãos de Feyre em seus ombros, a dando o suporte que ela precisava naquele momento. Astéria respirou fundo e se virou, forçando um sorriso.
-Está tudo bem. Quer dizer, não, não está.- disse Astéria contendo um soluço. Feyre a abraçou com força, como se ela fosse uma criança que precisasse de proteção. -Mas vai ficar.
-Vai sim, Tété. Vai sim.- disse Feyre passando a mão suavemente pelos cabelos loiros de Astéria.
Astéria escutou passos pesados e sentiu a irritação antes mesmo da fêmea chegar na sala. Astéria se afastou de Feyre somente o suficiente para ver Alynia, o semblante sério, o que fazia ela ficar ainda mais sinistra. E, ao lado de Alynia, estava Aisha. Com tanta raiva quanto a illyriana.
-Desculpa te tirar das estepes, mas Az está fora do alcance e Cass lidando com outros problemas. - disse Rhysand e Alynia fez um gesto de pouco caso com a mão.
-Cadê o babaca?- ela disse encarando Rhysand. -Lá embaixo?- Rhys assentiu. -Ótimo. Não, Rhysand. Não vai não.
-Alynia...- ele começou. Astéria sabia que ele devia ter dito algo para ela pela mente somente pela expressão que Alynia fez.
-Foda se o que prometeu a mãe dele, ele vai sentir dor sim.- disse Alynia irritada. -É mesmo? Talvez não tivesse sido boa ideia me chamar? Bom, você chamou, agora aguenta. E Aisha vai ir junto sim.
-Puta que pariu, vocês são terríveis.- disse Rhysand passando a mão pelo rosto. -Está bem. Então pelo menos o façam sofrer de verdade pelo que ele fez.
Alynia deu o sorriso mais perverso que Astéria já tinha visto. Alynia e Aisha. Que dupla. Até mesmo Astéria estremecia ao ver aquelas duas daquele jeito, com raiva brilhando nos olhos.
-Pode deixar, Rhysinho.- disse Aisha antes de se virar e seguir Alynia para fora da sala. E Astéria sabia que Set estava ferrado. E que ele sofreria.
Apesar de tudo o que ele havia feito com ela, Astéria era boa demais e não desejava o sofrimento de ninguém. Desejava que ele, pelo menos, tivesse uma morte rápida. Apesar de no fundo ela saber que não era bem isso que aconteceria.
-Vamos pra casa, Tété.- disse Feyre segurando a mão dela. Astéria assentiu, apesar de não ser bem uma pergunta. Então, ela deixou que Feyre as atravessasse até Velaris.
Somente de estar de volta a sua cidade, Astéria já se sentiu em paz novamente. Tudo ficaria bem, as coisas voltaria ao seu devido lugar. Astéria ficaria bem. Estava a salvo agora, longe de pessoas podres e cruéis como Set. Feyre apertou a mão dela.
-Quer que eu fique com você?- ela perguntou, mas Astéria negou.
-Não quero tomar mais o seu tempo. E acho que... É melhor eu ficar sozinha agora. Tudo bem?- perguntou Astéria. Feyre deu um sorriso fraco e apertou a mão dela uma última vez.
-Se precisar, é só chamar e eu virei. Estarei te ouvindo, Tété. Para o que precisar.- disse Feyre e Astéria a agradeceu.
Astéria entrou em casa e a primeira coisa que fez foi se jogar contra o travesseiro na sua cama confortável, deixando que toda aquela dor e tristeza e angústia saíssem em forma de lágrimas.
Quando já havia colocado aquilo tudo para fora, ela percebeu que ainda estava vestindo o casaco do Grão Senhor da Corte Outonal. Ela se apertou mais a ele, desejando esquecer tudo o que havia acontecido.
O casaco cheirava a brasas. Cheirava a Eris. Astéria nem percebeu que acabou dormindo assim, aconchegada e apegada a aquele casaco, sentindo o cheiro do Grão Senhor da Corte Outonal. E pensando nele.
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Boa tarde, meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Desgraçados tem que sofrer a altura, apesar da Astéria ser contra esse tipo de coisa Bom, nada a comentar sobre esse final
