Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Faziam alguns dias que Astéria não via Eris. O que, se ela fosse ser bem sincera consigo mesmo, era uma merda. Ainda mais quando ela não conseguia parar de pensar no como queria beija-lo novamente.
Entretanto, eles conversavam todos os dias. O ponto alto dos dias de Astéria era trocar bilhetinhos idiotas com Eris Vanserra, apesar de saber que seus amigos nunca aprovariam isso.
Mor não havia dito mais nada sobre o assunto e fingia que a briga que tiverem aquele dia na casa de Astéria nunca tinha acontecido. Astéria, por sua vez, fazia o mesmo. Era melhor do que ficar voltando naquele assunto que ela sabia que não levaria a lugar algum.
De qualquer forma, ela sabia que eles implicariam com ela na primeira chance que tivessem. Bom, talvez tirando Aisha e Alynia, que haviam passado uma tarde toda insistindo em saber se Astéria estava tendo algo com Eris. Ela, obviamente, não disse nada e se fez de sonsa, algo que Astéria sabia fazer muito bem pois ninguém acreditava que ela fosse capaz de tal coisa. Então todos sempre caiam em seus golpes, o que era ótimo para ela. Uma verdadeira integrante da Corte Noturna, de fato.
Você bem que podia vir me visitar hoje, não é?
Astéria estava mesmo ficando maluca, pois agora estava sorrindo para um pedaço de papel. Pelo maldito Caldeirão, ela estava se apaixonando por Eris.
Talvez ela devesse ter medo. De sentir algo que nunca havia sentido antes por ninguém, de tentar ter algo que nunca teve com ninguém. Mas a verdade é que ser covarde nunca fez parte de Astéria.
E, por isso, naquela mesma tarde, Astéria voltou para casa depois de uma caminhada pelas ruas tranquilas daquele fim de semana em Velaris e se arrumou para atravessar até a Corte Outonal.
Astéria estava tão ansiosa que nem notou como sua magia estava estranha. Ela simplesmente atravessou até aquela Corte e agradeceu ao Caldeirão por ter dado certo.
Os sentinelas já a conheciam, apesar dela ter ido ali apenas algumas vezes. Talvez Eris tivesse deixado avisado. De qualquer forma, um dos sentinelas se prontificou para guia-la pelos corredores daquele lugar gigante. Ela certamente se perderia ali dentro.
O sentinela a levou até a sala de Eris e bateu na porta apenas uma vez antes que ela fosse aberta. Eris não estava sozinho, no entanto.
Um de seus irmãos, um que Astéria sequer sabia o nome, estava ali com um sorriso cruel no rosto e os olhos brilhando em malícia perversa. Eris, por sua vez, parecia prestes a arrancar a cabeça do irmão fora.
-Já disse o que queria, agora saia.- disse Eris, mas seu irmão se voltou para Astéria. E o jeio que olhou para ela... Ah, ela sabia que nada de bom viria daquilo.
-Claro, irmão. Sua piranha já chegou, então devo te deixar em paz, é isso? - ele provocou e, pelo maldito Caldeirão, Astéria sentiu uma onda de poder passar por ela e viu as chamas de ódio nos olhos de Eris. Ele mataria o irmão, pela Mãe!
