Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Por mais que os outros quisessem continuar uma discussão cheia de teorias sobre os poderes de Astéria, ela estava exausta e tudo o que queria era ir para sua própria casa. E tentar esquecer as coisas horríveis que viu naquele dia. E que fez naquele dia.
Então a grã feérica deixou que eles discutissem o que quisessem e se retirou da sala. Pelo menos dessa vez ninguém protestou ou fez comentários.
Astéria já estava do lado de fora quando sentiu uma mão segurar a dela. Ela sequer tinha notado ele se aproximar até estar ao seu lado. Astéria se virou para Eris e o abraçou com força antes de chorar tudo aquilo que estava engasgado na sua garganta.
Ela sentiu a mão dele em seu cabelo, em suas costas, tentando de alguma forma fazer com que ela se acalmasse. E por incrível que parecesse, aquilo ajudou.
Então, quando Astéria já estava calma o suficiente, ela segurou a mão de Eris na sua e foi para casa. Estava pouco se importando, naquele momento, com o que Rhysand pensava sobre Eris, sobre o como Mor o odiava. Ela o amava e isso não mudaria somente porque seus amigos não confiavam nele. Astéria era inteligente o suficiente para saber quando uma pessoa a estava usando, e não era o caso de Eris.
Até porque, porque motivos ele daria a vida por ela se fosse tudo uma mentira? Ainda que ele soubesse, por algum motivo, dos poderes dela, não tinha nenhuma garantia que ela conseguiria usa-los para traze-lo de volta. Era um risco idiota que certamente ele não tomaria se estivesse a usando. Ela sabia que não era o caso. Astéria confiava nele, mais que isso, ela o amava. Apesar de não ter coragem para dizer em voz alta.
-Astéria.- Eris a chamou quando ela entrou em casa e fechou a porta atrás de si. Astéria o encarou. Conseguia ver o olhar de súplica de Eris, porque ele sabia, pelo menos ele sabia, o quanto aquilo tudo estava pesando pra ela. O quanto a estava incomodando e o quanto estava a destruindo.
-Eu estou bem.- ela disse e era uma mentira. Uma mentira que ela sabia que Eris jamais acreditaria. Talvez fosse um problema ele ser tão sagaz quanto Astéria: ele jamais acreditaria em suas mentiras e cairia nas palavras dela.
-Não está não.- ele disse em um sussurro e Astéria cobriu o rosto com as mãos.
-Isso tudo é demais pra mim.- ela disse, tentando conter um soluço. Ela não podia, não queria, chorar novamente na frente dele. -Você morreu.
Eris suspirou e a puxou para perto de si. Astéria o abraçou com força. Ele havia morrido, sim, mas agora estava vivo e estava ali. Ela podia ouvir o coração dele batendo, que prova maior do que aquela?
Mas ela ainda o via morrer sempre que fechava os olhos, via os olhos daquele macho horrível derretidos por causa dela, via Aisha o decapitando. O cheiro de sangue ainda parecia estar impregnado nas narinas de Astéria e ela tinha que fazer uma grande força para não vomitar, não desabar.
-Eu estou vivo, Astéria.- ele disse passando a mão com carinho pelo cabelo dela. Ela o apertou com ainda mais força.
-Isso foi sorte. Você provavelmente estaria morto agora se fossem circunstâncias normais.- ela disse se afastando para olha-lo. Eris passou a mão na bochecha de Astéria, limpando as lágrimas que haviam ficado ali.