Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Astéria atravessou Aisha e Alynia até aquele lugar, depois da tentativa falha de Rhysand e os demais as impedirem. Eris sequer tinha tentado convence-las do contrário, ele sabia que era impossível. Então, apenas beijou Astéria e deixou que ela fosse.
Ela precisava fazer aquilo; a curiosidade dela, a vontade de descobrir o que estava de fato acontecendo e como resolver os problemas no caminho eram maior que qualquer outra coisa.
Mas Astéria tinha medo, e aquilo era evidente a qualquer um. Alynia também estava apreensiva, a mão pousada na barriga como se fosse um escudo. Aisha, por sua vez, parecia querer muito sair na porrada com alguém, tamanha era sua raiva. Um trio completamente balanceado.
Elas estavam na borda daquele lago, o mesmo lago do sonho. Um vento gelado beijou o rosto de Astéria, e apesar dela não ter sentido frio, estremeceu. Era como se a própria morte a saudasse e a desse boas vindas ao inferno. Ela não gostava nem um pouco daquilo.
-No fim das contas, aqui estão vocês.- a voz de Koschei ecoou pela mente de Astéria e ela praticamente podia sentir o sorriso daquele imortal. Não fez ela se sentir melhor. -Uma illyriana, uma humana e uma grã feérica. Que trio vocês formam.
-Corte o papo furado, feiticeiro de quinta categoria.- rosnou Alynia. -Diga logo o que quer.
-O que eu quero?- a voz dele ecoou junto com a risada perversa. Astéria podia senti-lo as circundando, as analisando. Tentando ver os pontos fracos e onde atacar. -Não sou eu que preciso de algo, Alynia Sallow.
Alynia grunhiu, mas sua preocupação era óbvia: Koschei sabia demais. Sabia até mesmo o sobrenome morto de Alynia, aquele que ela havia parado de usar há séculos, quando o noivo morreu, quando o pai a colocou para fora de casa. Koschei também parecia saber disso, pois Astéria o escutou dar uma gargalhada.
-Posso te oferecer muitas coisas, Alynia. Sua mãe e sua irmã de volta. Sente falta delas, não sente? Como é mesmo o nome da sua irmã? Becca? Que morte terrível ela teve nas mãos dos monstros de Amarantha. - Astéria segurou a mão de Alynia com força sentindo a raiva transbordando da illyriana. -E seu amado Adrien que morreu graças a sua imensa arrogância.
Alynia bateu o pé com força no chão e uma onda de magia poderosa passou por Astéria. Fez até mesmo Aisha se encolher.
-Não ouse falar assim comigo, seu imortal de merda. Ou vai se arrepender. - a illyriana disse dando um sorriso perverso que fez até Astéria teme-la.
Ali estava ela, Alynia; a fêmea que tinha estripado machos no Rito de Sangue e o vencido, apesar de ter um alvo nas costas o tempo todo. A fêmea que não havia se ajoelhado a Amarantha, nem mesmo quando outro illyrianos o fizeram. Que havia controlado as guerras nas estepes.
A fêmea que havia dado uma surra no próprio marido quando o conheceu. A que havia sido torturada por vinte e nove dias e não havia cedido. A fêmea que tinha matado Clythia com uma facilidade assustadora. Alynia não cederia a ninguém, muito menos a Koschei. E ele sabia disso, pois mudou seu alvo.
