Astéria nunca teve muitos problemas para lidar em sua vida; Tinha nascido em Veláris e seus pais sempre haviam sido ótimas pessoas.
Isso foi antes do ataque de Hybern.
Quando seus pais foram assassinados naquele ataque covarde, parte do brilho de As...
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Volte, por favor.
Foi naquela voz que Astéria se agarrou enquanto lutava para voltar. Enquanto lutava pela sua vida. Porque ela não cederia, não se deixaria ser abatida tão fácil assim.
Fique. Astéria, fique.
Ela queria ficar. Muito, na verdade. Astéria tinha tanta coisa que ainda queria viver, tinha tanto a resolver ainda. Não podia morrer. Pelo menos, não daquela forma.
Então, usou cada força do seu ser. Se apegou a memórias boas enquanto subia e subia e subia para de volta a seu corpo. Enquanto aquela magia poderosa a puxava para cima, sua âncora.
Sempre havia sido ela a ser sua âncora, por mais que Astéria não se lembrasse antes. Agora, ela lembrava. De tudo. Cassiopeia. Cassie. Ou como Astéria a conhecia agora, Visha. Sua Carranam, mas não só isso, sua alma gêmea. Sua irmã, sua filha, a estrela que a completava.
Era justo que, no fim de tudo, fosse ela a salva-la. A puxa-la de volta a vida. E assim, ela o fez. E Astéria emergiu.
Ela abriu os olhos e arfou. O pulmão queimou quando o ar entrou, o coração de Astéria batendo forte no peito. Mas estava viva. E Visha estava ao lado dela, lágrimas escorrendo pela bochecha.
Mas aquilo não era tudo. Porque estava um verdadeiro caos ali. E o coração de Astéria foi parar na garganta quando ela entendeu o que estava acontecendo.
Eles todos estavam ali, abaixo da colina onde Visha e Astéria estavam. Adrien. Nyx. Luke. Catrina. Ayla. E Theo. Mas aquele não era o pior, mas sim o que Amy tinha feito.
Porque aquela fêmea maldita e ardilosa havia usado aquele maldito livro de feitiços para criar um exército surgido das cinzas. Um exército de mortos. E não importava o quão forte Nyx e Theo fossem juntos ou o quão bom Luke fosse com uma espada, ainda assim, não adiantava de nada. Aqueles mortos apenas voltavam a se regenerar e a atacar. O que era o pior era que eles não podiam se curar tão rápido assim dos ataques dos zumbis de Amy. E ela sabia disso, sabia que estavam todos condenados, pois estava se divertindo com a cena.
-Tire isso de mim.- Astéria disse a Visha, tentando, em vão, quebrar a pulseira mágica ao redor de seu pulso que ainda mantinha seu poder preso dentro de si. -Aquele exercito vai dizimar todos eles!
-Viemos te tirar daqui, Astéria, você está fraca e...- Visha começou, mas o olhar fulminante de Astéria a fez se calar.
-Todos eles vão morrer. É o que você quer, Visha? Que seus amigos morram?- Astéria disse de forma tão dura que fez a fêmea estremecer.
-Claro que não. Bem, se Theo morrer não vai importar muito e...- Astéria olhou ainda mais feio para Visha. -Está bem, que maldição!
Visha colocou as mãos delicadas ao redor daquela pulseira azul brilhante no pulso de Astéria. E fechou os olhos, ignorando os gritos de raiva e de dor dos amigos logo abaixo da colina enquanto se concentrava no que tinha que fazer.
