TONTONHO BENTO (3) Quando o capeta decide, sai da frente.

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Depois do que me aconteceu na infância, cheguei em casa daquele jeito: tava decidido a acabá com tudo que provocô o começo daquilo e a enterrar de vez qualqué estilha do ocorrido.

Mermo durante o tempo que tavam me maltratano, lembro que eu já tinha arquitetado um jeito de cortar, de vez, a ligação com aquela situação.

Planejei direitim o meu destino, agora era só seguir em frente na decisão.

Por mais difícil que fosse aquela determinação eu não podia era voltar atrás, senão provava pra todos que eu era mermo um frôxo.

Decidi começar pelo pé-de-laranja-lima.

O pai foi salvar a árvore e eu falei prêle que se tentasse, ia sê o próximo a levar cutelada.

Mermo eu tâno vestido daquele jeito, não duvidô da minha coráge.

Doia muito em mim ter que arrancar a importância do meu passado com tanta violência.

Mas pra começar a seguir meu novo percurso, eu tinha que jogar no lixo tudo que um dia já teve valor pra'quela criança inocente, pura e imbecil que eu era.

Agora era madurar pra num podrecer.

Até hoje, se alguém das redondeza comentá o que assussedeu comigo, ou tem que se mudá e nunca mais voltá, ou aparece seu corpo boiano no rio, com a cabeça rachada "nas pedra da cachuêra", por tê dado um salto sem sucesso.





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E ai, agora é a sua vez! Estou aguardando a estrelinha e seu comentário, viu?

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Ficarei realizado com sua participação!

Trágica Família (Parte 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora